Imunização

Pernambuco deve receber mais de 395 mil doses de vacinas contra a covid-19 até o fim da semana

De acordo com Longo, as vacinas serão utilizadas para aplicação de primeira e segunda doses

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Ana Maria Miranda

Publicado em 19/07/2021 às 8:20 | Atualizado em 19/07/2021 às 12:13
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Atualizada às 12h

O secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo, anunciou na manhã desta segunda-feira (19) que o Estado deverá receber 395.150 doses de vacinas contra a covid-19 até o fim da semana. A informação foi divulgada durante entrevista à TV Globo.

 

De acordo com Longo, as vacinas serão utilizadas para aplicação de primeira e segunda doses. "Nossa expectativa é que a gente possa avançar mais nesse processo de vacinação, tanto para ampliar as faixas etárias no Estado de Pernambuco como para completude do esquema vacinal com a D-2 (segunda dose)", destacou.

Longo informou que os lotes previstos para chegar são: 257.500 doses da AstraZeneca, 52.650 doses da Pfizer e 85 mil doses da Coronavac/Butantan. A previsão é de que parte das vacinas produzidas pela Fiocruz e todas as doses do Butantan cheguem ainda na noite desta segunda (19).

"É uma importante notícia sobre a vacinação, porque será possível avançar nas faixas etárias e ampliar os grupos a serem imunizados com a primeira dose em todos os municípios pernambucanos", destacou o governador Paulo Câmara, em anúncio divulgado no fim da manhã.

O governador também pediu que as pessoas continuem com as medidas de prevenção, a partir das flexibilizações que começam nesta segunda: "Não deixe de se vacinar e incentive funcionários e clientes a fazer o mesmo. Todas as vacinas disponíveis evitam o agravamento da doença e salvam vidas. Não esqueça as medidas preventivas, use máscara e evite aglomerações".

Após seis meses da campanha de vacinação contra a covid-19, Pernambuco aplicou mais de 5,2 milhões de doses de vacinas. Mais de 1,3 milhão de pessoas estão com o esquema vacinal completo, o que representa 19,28% da população adulta (a partir dos 18 anos).

"Gostaríamos de ter feito muito mais, havia um potencial de fazer muito mais. Se o governo federal pudesse ter nos dados mais vacinas, se não tivesse cometido os equívocos na estratégia do público de vacinas poderíamos estar mais avançados em Pernambuco", lamentou o secretário. Apesar disto, ele voltou a afirmar que a expectativa é que toda a população adulta tenha recebido a primeira dose até o final de setembro.

Segunda dose da AstraZeneca

O secretário de Saúde também comentou a antecipação da segunda dose da vacina da AstraZeneca, autorizada pelo Governo de Pernambuco no dia 6 de julho. Segundo o governo, o intervalo entre as duas doses pode ser diminuído de 90 para 60 dias, a depender da realidade de cada município. No Recife, por exemplo, a antecipação foi autorizada. Entretanto, com poucas doses da vacina disponíveis, a gestão decidiu suspender a antecipação e agendar a segunda dose com intervalo de 85 a 90 dias.

"Quando vem do Ministério da Saúde dose 2, se pudermos antecipar o prazo para 60, antes de 90 dias, essa tem sido a recomendação do nosso comitê técnico estadual. Ou seja, evitar que doses de vacina estejam na prateleira, até porque a gente sabe que a proteção com a segunda dose dá uma segurança maior para as pessoas. Se nós tivermos segunda dose em estoque, antecipar é importante, mas sempre que tem D-1, a determinação é expandir os grupos por faixa etária, essa é a determinação pactuada com os municípios pernambucanos", esclareceu.

Variante Delta

Para o secretário, é fundamental dar maior celeridade ao processo de vacinação para conter a transmissão "inevitável" de variantes no Estado, como a Delta, identificada inicialmente na Índia. Até o momento, foram confirmados dois casos da variante em Pernambuco, ambos em tripulantes filipinos do navio cargueiro Shoveler de bandeira do Chipre, atracado no Porto do Recife. As amostras biológicas foram processadas no Instituto Aggeu Magalhães (IAM), unidade da Fiocruz em Pernambuco. Os tripulantes, de 25 e 48 anos, estão em leitos de enfermaria, estáveis.

No domingo (18), a SES-PE informou que foi notificada do falecimento de um outro tripulante do navio. Ele tinha 50 anos e estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital particular do Recife desde o dia 1º de julho. Apesar disto, a amostra do paciente que morreu não apresentava as especificações técnicas para o sequenciamento.

"A pandemia não acabou, ainda há o vírus entre nós e há esta variante especialmente de preocupação por ser uma variante mais transmissível, ter um poder de transmissibilidade maior. Então é esperado que com a instalação delas em territórios, haja um maior número de casos, embora a gente não tenha visto um maior poder de agressividade nesta variante, especialmente nos países em que há uma expansão maior da vacinação", comentou Longo.

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