Em sete dias, os casos de síndrome respiratória aguda grave (srag), que podem ser causados por complicações da influenza ou do coronavírus, aumentaram 61% em Pernambuco. Na última semana epidemiológica de 2021, a de número 52 (de 26/12 a 1º/01), o Estado registrou 940 pacientes com sintomas gripais mais severos e que exigem acompanhamento hospitalar. Na semana anterior, a 51ª (19/12 a 25/12), foram 584 casos de srag. O aumento coincide com o salto da influenza H3N2 no território pernambucano, especialmente na capital e nos demais municípios do Grande Recife. Esse incremento já ocorre por duas semanas consecutivas.
O novo ano começou sem atualização dos casos de influenza no Estado. O último balanço da Secretaria de Saúde de Pernambuco (SES) foi divulgado na quinta-feira (30), quando Pernambuco totalizava 2.466 registros de influenza e 11 mortes. Do total de confirmações da doença, 139 (5,6%) apresentaram quadro de srag. Dos pacientes que foram a óbito, todos apresentavam doenças crônicas e fatores de risco para complicação por influenza, como diabetes, doença cardiovascular, doença renal crônica, cardiovasculopatias, hipertensão arterial e sobrepeso.
"As contaminações estão ocorrendo dentro das residências. Então, quem tiver qualquer sintoma de gripe, deve fazer autoisolamento e colocar a máscara, mesmo estando dentro de casa. E precisamos de uma atenção toda especial com os idosos, as crianças e pessoas com comorbidades severas, que são mais suscetíveis ao agravamento. Este é um momento de proteger as pessoas que amamos. E as pessoas que amamos só estarão seguras se reforçarmos os cuidados individuais", destacou o secretário Estadual de Saúde, André Longo.
Ele também reforça a importância da vacinação contra a coronavírus. "A covid-19 continua circulando e ainda é uma grave ameaça. A forma mais eficaz e segura de se proteger contra a doença é com a vacina. Precisamos fazer o alerta: quem tomou a primeira dose deve concluir o esquema com a segunda. Além disso, precisamos avançar com a dose de reforço. Especialmente para os idosos, esse reforço vacinal é crucial", frisou André Longo. Atualmente, mais de 560 mil pernambucanos estão em atraso com a segunda dose. Já em relação à dose de reforço, atualmente a cobertura está em 18,48% entre o público elegível para vacinação contra o coronavírus.