Com informações de agências
O brasileiro de 26 anos, a primeira pessoa a ser infectada pela varíola dos macacos na Alemanha, está bem, com poucos sintomas da doença. A informação foi repassada pelo hospital em Munique, onde o jovem está internado.
"O paciente continua bem, com relativamente poucos sintomas", disse o médico chefe do setor de infectologia da München Klinik Schwabing, Clemens Wendtner. "Ele tem lesões de pele em vários lugares, mas não está com febre e não sofre de falta de ar", afirmou o especialista, segundo reportagem publicada neste domingo (22/5) pelo Jornal TZ.
O rapaz estaria em isolamento, num quarto individual. "No quarto do paciente, a pressão é negativa, de modo que nenhum ar pode escapar para o exterior. O ar de exaustão também é filtrado por um sistema de filtro à prova de vírus", disse o médico à publicação.
As autoridades sanitárias do estado da Baviera informaram no sábado (21) que o brasileiro está com a variante do vírus da África Ocidental, considerada mais branda.
MAIS CASOS
As autoridades municipais de Berlim também confirmaram dois casos na capital alemã. As autoridades sanitárias regionais disseram que uma análise está em andamento para apurar se os registros detectados na cidade são da cepa do vírus originária da África Ocidental ou da África Central.
De acordo com o Instituto Robert Koch (RKI), agência governamental alemã para controle e prevenção de doenças infecciosas, as variantes do vírus de varíola dos macacos da África Central são significativamente mais contagiosas do que as variantes da África Ocidental.
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O governo regional berlinense anunciou que a condição dos infectados é "estável", mas ressaltou ser possível "que novas infecções sejam registradas nos próximos dias".
Casos da doença relacionada à varíola haviam sido detectados anteriormente apenas entre as pessoas com laços com África Central e Ocidental.
Nos últimos dias foram relatadas infecções também no Reino Unido, Espanha, Portugal, Itália, EUA, Suécia e Canadá, principalmente em homens jovens que não haviam viajado anteriormente para a África. França, Bélgica e Austrália também identificaram casos.