Menos de 20% dos pacientes internados nos leitos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) da rede estadual de Saúde não está com a Covid-19. Esse foi o resultado de um levantamento realizado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES), na semana passada, com 700 pessoas internadas nos leitos destinados a fase mais grave das doenças respiratórias. Mesmo com a positividade para a doença aumentando, o número demonstra o impacto da vacinação na redução de casos graves.
No último boletim divulgado pela SES, a ocupação média dos leitos de UTI dessas unidades de saúde está em 83%, mesmo com a ampliação dos leitos deste tipo na rede estadual. "Muitos, na verdade, deram entrada com quadro sugestivo para a Srag, mas acabam tendo desfecho de outros diagnósticos, que vão de neoplasias até a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), entre outros", disse a nota da secretaria ao JC.
De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, um levantamento da semana passada mostrou que dos 700 pacientes internados nos leitos destinados para a Srag na rede pública, menos de 20% tinha diagnóstico para a covid-19. Já nos leitos destinados a adultos, o índice está abaixo dos 15%, aponta a SES.
No Estado, há 1.473 leitos destinados à Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Desses, 695 leitos são de UTI. Cerca de 30 leitos a mais que no dia 22 de junho. A ocupação média nesse mesmo dia era de 83%, embora tivesse menos leitos destinados aos casos mais graves de doenças respiratórias.
Também há 778 leitos de enfermaria, que estão com ocupação média de 56%. Na rede privada, a ocupação de leitos de UTI é de 62%. Já de enfermaria segue com 8%.
Embora os números não sejam alarmantes, a secretaria enfatizou que "é preciso destacar que a pandemia ainda não acabou e que, diante deste momento de maior circulação viral, notadamente com aumento dos casos leves, a Secretaria Estadual de Saúde continua recomendando a utilização da máscara pela população em ambientes fechados, especialmente por pessoas com sintomas gripais, mesmo que leves, pacientes imunossuprimidos e idosos."
Vacinação contra a covid-19
Apesar da positividade alta, o número de casos graves de covid-19 é bem abaixo de outros picos da pandemia. O que ressalta o poder da vacinação. Em Pernambuco foram aplicadas 3.900.803 doses das primeiras doses de reforço, ou terceira dose, tendo uma cobertura de 59,06%. Também já foram aplicadas 506.619 segundas doses de reforço, com uma cobertura de 16,7%.
A Secretaria Estadual de Saúde pontuou é necessário o avanço na imunização da população. "Para evitar formas graves e óbitos pela Covid-19, é necessário manter alta a taxa de titulação de anticorpos contra a doença e essa proteção só é mantida com a aplicação das doses de reforços, já que as vacinas utilizadas atualmente têm um tempo de duração determinado. Desta forma, a decisão individual de não tomar ou atrasar as terceiras e quartas doses pode impactar o aumento de casos da Covid-19, pressionando novamente a rede de saúde", complementou o comunicado.