O diagnóstico da varíola dos macacos é feito a partir de exame bastante conhecido por causa da pandemia da covid-19: o PCR.
Mas a coleta para varíola dos macacos é diferente da que é feita para detectar o coronavírus.
As amostras não são coletas em secreções das narinas e da garganta. Na varíola dos macacos, é colhido material genético das lesões/feridas causadas pelo vírus.
No Recife, quem tem sintomas de varíola dos macacos (monkeypox) conta agora com uma unidade de referência para coleta de exames de casos suspeitos da doença.
O local de teste para varíola dos macacos fica na Policlínica Waldemar de Oliveira, em Santo Amaro, área central do Recife, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. Para ter acesso aos exames, será necessário realizar agendamento no site ou aplicativo Conecta Recife, na aba Vamos Testar (cliquei aqui).
O paciente deverá apresentar, no dia e horário marcados, um encaminhamento com a solicitação do exame assinado e carimbado por um profissional de saúde de nível superior.
Além disso, para fazer o teste de varíola do macaco, também será necessário levar um comprovante de residência no Recife e documento de identificação com foto.
O exame é feito por um swab (espécie de cotonete) que coleta secreção diretamente das lesões do paciente e/ou colhe as crostas das erupções cutâneas.
As amostras são encaminhadas ao Laboratório Central de Saúde Pública de Pernambuco (Lacen-PE) e podem ser analisadas por laboratório de referência fora do Estado.
O resultado leva cerca de 15 dias para ficar pronto.
Em caso de aparecimento de algum sintoma sugestivo de infecção por monkeypox, é imprescindível que o indivíduo inicie isolamento e busque atendimento na unidade de saúde mais próxima.
A partir disso, a pessoa receberá orientação sobre as condutas necessárias para os cuidados e acompanhamento da doença, a fim de evitar a transmissão.
No Recife, pessoas de todas as idades e que apresentarem um ou mais dos seguintes sintomas podem fazer o teste de varíola do macaco. Confira:
As manifestações acima ainda podem estar associadas a outros sinais e sintomas. Veja quais:
A varíola do macaco é transmitida principalmente por meio de contato com sangue, suor, secreções respiratórias, feridas de pele ou mucosas de pessoas infectadas, além do toque em objetos e superfícies contaminadas.
Os grupos de risco de agravamento são as pessoas imunossuprimidas, gestantes e crianças.
Os sintomas da varíola do macaco geralmente começam a aparecer três semanas após a contaminação com o vírus.
As feridas da doença podem se espalhar por todo o corpo (rosto, dentro da boca, braços, pernas, peito, genitais ou ânus).
As lesões passam por diversos estágios, mas na fase inicial se assemelham a espinhas.
Outros sintomas podem surgir, como forte dor de cabeça, caroço em região de pescoço e virilha, dores nas costas, dores musculares, falta de energia e calafrios.
A doença tem período limitado e determinado, com duração normalmente de duas a quatro semanas.
Todo caso confirmado de varíola do macaco deve cumprir isolamento domiciliar imediatamente e permanecer afastado até que as feridas tenham cicatrizado completamente e uma nova camada da pele tenha se formado.
A interrupção dessa conduta durante a manifestação da doença só deverá ocorrer se houver necessidade de avaliação presencial em serviços de saúde.
Não há tratamento específico para varíola dos macacos.
As pessoas com suspeita ou confirmação para a doença devem consumir líquidos e alimentos saudáveis para manter o estado nutricional adequado, além de deixar as feridas da pele sempre limpas e secas.
O tratamento medicamentoso pode ser realizado para aliviar os sintomas, desde que sejam prescritos pelo profissional médico. Os sintomas, geralmente, desaparecem de forma natural.