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Saúde e Bem-estar

Por Cinthya Leite e equipe
Depressão

DEPRESSÃO: Saiba quais são os tipos de depressão e como tratá-las

Fatores como a genética, bioquímica cerebral e situações vitais, são os principais fatores que desencadeiam a depressão

Cadastrado por

Allan Petterson

Publicado em 21/10/2022 às 12:44 | Atualizado em 21/10/2022 às 13:33
A morte por suicídio é uma emergência médica e pode ser evitada através do tratamento adequado do transtorno mental de base, como a depressão - FREEPIK/BANCO DE IMAGENS

A depressão é um problema de saúde mental grave e altamente prevalente na população. Só no Brasil, cerca de 15,5% da população tem a doença.

As causas da doença variam, e podem estar associadas a fatores genéticos, psiquiátricos e eventuais.

O diagnóstico da depressão é clínico, feito por um médico após coletar o histórico do paciente e realizar uma avaliação do estado mental, que indicará em quais subtipos de depressão a pessoa está inserida.

VEJA QUAIS SÃO OS TIPOS DE DEPRESSÃO

Distimia:

É um quadro mais leve e crônico da depressão. As alterações estão presentes na vida do indivíduo por, no mínimo, dois anos.

Podem ocorrer oscilações, mas prevalecem queixas de cansaço e desânimo durante a maior parte do tempo.

Geralmente, as pessoas com distimia apresentam preocupações frequentes e falta de prazer em realizar coisas que antes eram prazerosas. Na maioria dos casos, se inicia na adolescência.

Depressão endógena:

Quando há a predominância de sintomas como perda de interesse ou prazer em atividades normalmente agradáveis.

A falta de reatividade do humor, lentidão psicomotora, queixas esquecimento, perda de apetite e peso, desanimo e tristeza, também fazem parte desse subtipo.

Depressão atípica:

Apresenta inversão dos sintomas, como o aumento do apetite e ganho de peso, dificuldade para conciliar o sono ou sensação de corpo pesado, sensibilidade exagerada à rejeição e resposta negativa a estímulos ambientais.

Depressão sazonal:

Se inicia no outono/inverno e é prevalente em jovens que vivem em regiões de maiores latitudes.

Os sintomas mais comuns são: apatia, diminuição da atividade, isolamento social, diminuição da libido, sonolência, aumento do apetite.

O diagnóstico só é dado caso os episódios se repitam por dois anos consecutivos.

Depressão psicótica:

É um quadro grave, onde há a presença de delírios e alucinações, como ideias de pecado, doença incurável, pobreza e desastres iminentes.

As alucinações auditivas também podem aparecer.

Depressão secundária:

Caracterizada por síndromes depressivas associadas ou causadas por doenças médico-sistêmicas e/ou por medicamentos

Depressão bipolar:

A maioria dos pacientes inicia a doença com um episódio depressivo, enquanto mais precoce o início, maior a chance de que o indivíduo seja bipolar.

Histórico familiar, depressão, abuso de drogas, ansiedade, são fatores de evolução bipolar.

COMO O TRATAMENTO DA DEPRESSÃO É FEITO

A depressão é uma doença de elevada prevalência e é a mais associada ao suicídio. A doença é crônica e recorrente, principalmente quando não é tratada.

O tratamento é feito através de medicamentos e psicoterapia. A escolha do antidepressivo é feita com base no subtipo da depressão, e em outras características do paciente.

Cerca de 90 a 95% dos pacientes apresentam remissão total com o tratamento antidepressivo.

O tratamento pode ser realizado na Atenção Primária, nos Centros de Atenção Psicossicial (CAPS) e nos ambulatórios especializados.

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