Em 2013, cientistas da Universidade da California, em Berkley, Estados Unidos, publicaram um estudo sobre os efeitos da privação do sono no cérebro humano e como isso se relacionava com a alimentação.
Os resultados, publicados na revista Nature, ajudaram a explicar a relação de uma noite mal dormida com os maus hábitos alimentares de uma pessoa e como o cérebro age diante dessa situação.
DORMIR POUCO AFETA A ALIMENTAÇÃO
De acordo com as observações feitas pelos cientistas americanos, a privação do sono afeta o cérebro de duas maneiras.
A primeira afeta a parte do cérebro que administra a vontade de comer, optando por dar a preferência aos alimentos mais gordurosos e calóricos ao invés de comidas mais saudáveis.
A segunda observação foi que a privação do sono reduz a atividade do córtex frontal, parte do cérebro responsável por medir consequências de se consumir determinados alimentos e por tomar decisões de forma racional.
DORMIR POUCO FAZ COM QUE VOCÊ PREFIRA ALIMENTOS CALÓRICOS E GORDUROSOS
A pesquisa mostrou que quanto mais sono as pessoas sentiam, maior era a preferência delas por alimentos calóricos e gordurosos.
Uma noite sem dormir fez com que os participantes quisessem comer 600 calorias a mais do que quando dormiam adequadamente.
DORMIR POUCO E OBESIDADE
Outra descoberta feita pelos cientistas é a de que a privação de sono não faz com que uma pessoa sinta mais fome do que sentiria se tivesse dormido adequadamente.
Isso vai de encontro às pesquisas que explicam a relação da privação de sono com a obesidade a partir da teoria de que, ao dormir pouco, uma pessoa precisa repor as calorias perdidas durante o tempo que ficou acordada.