Notícias e análises sobre medicina e saúde com a jornalista Cinthya Leite

Saúde e Bem-estar

Por Cinthya Leite e equipe
PROTESTOS ANTIDEMOCRÁTICOS

ESTRADAS BLOQUEADAS: veja o RISCO para pacientes com doenças renais

Diversos caminhões que transportam insumos e medicamentos estão sendo impedidos de circular, devido a interdições nas rodovias federais

Cadastrado por

Cinthya Leite

Publicado em 02/11/2022 às 11:07 | Atualizado em 02/11/2022 às 11:11
Rodovias e estradas têm sido bloqueadas por bolsonaristas radicais desde o último domingo (8), após ato antidemocrático contra os prédios dos Três Poderes - CAIO GUATELLI/AFP

A paralisação de grupos de caminhoneiros, que bloqueiam estradas em todo País, pode afetar clínicas de diálise e pacientes com doenças renais.

Diversos caminhões que transportam insumos e medicamentos estão sendo impedidos de circular, devido a interdições nas rodovias federais.

Este já é o terceiro dia da paralisação e, com o atraso nas entregas dos insumos necessários, os pacientes com doenças renais crônicas podem ficar sem o tratamento que lhes garante a vida.

A Associação Brasileira de Centros de Diálise e Transplante (ABCDT) faz esse alerta e apela para o movimento.

"A entidade está levantando informações sobre as clínicas que estão sendo afetadas, mas já há relatos até de pacientes que não conseguiram chegar nas clínicas localizadas em cidades mais distantes de onde moram", diz, em nota, a ABCDT. 

No Brasil, cerca de 150 mil pessoas realizam diálise ao menos três vezes por semana para sobreviver.

BLOQUEIOS NAS RODOVIAS

"Para ter uma melhor dimensão do problema, são diversos materiais e medicamentos que são imprescindíveis para a realização de uma sessão de diálise. A falta de um desses itens, por menor que pareça, impede a realização do procedimento, e o paciente renal é quem sofre, pois ele precisa de diálise para viver", alerta o vice-presidente da ABCDT, Leonardo Barberes. 

"É preciso que as autoridades deem uma atenção especial para esta situação o quanto antes. Por isso, a ABCDT faz um apelo à organização do movimento para que considerem a fragilidade do setor e para que o tratem de maneira especial, permitindo que os caminhões que transportam insumos e medicamentos passem pelas barreiras e cheguem às clínicas o quanto antes. Nossa questão não é política, tratamos de vidas", finaliza Leonardo. 

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