A condição do transtorno de personalidade borderline (TPB) está cada dia mais comum diante do crescente números de diagnóstico da doença.
Só no Brasil, mais de 2 milhões de casos do Transtorno Borderline são registrados por ano, afetando até 6% da população, sendo 75% dos casos em mulheres.
TRANSTORNO DE BORDERLINE O QUE É?
O Transtorno Borderline é uma doença mental em que o portador possui um padrão generalizado de instabilidade que afeta sua percepção de si e do o próximo.
Esse distúrbio psiquiátrico também é conhecido como transtorno de personalidade limítrofe, pois interfere diretamente nas relações interpessoais da pessoa com Borderline.
Tal questão pode resultar em comportamentos impulsivos, distorção de autoimagem e afeto, comprometimento funcional e o surgimento da crise de Borderline.
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A fase mais comum e intensa em que os sintomas de Borderline se apresentam é na adolescência e no início da fase adulta.
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“Crianças e adolescentes com TPB apresentam taxas aumentadas de hospitalização por idealização ou tentativa de suicídio, comorbidades mais graves e pior funcionamento clínico e psicossocial", revelou o médico Vital Fernandes Araújo.
"Infelizmente, o diagnóstico e o tratamento do TPB são muitas vezes tardios, levando a um resultado menos favorável", acrescentou.
"Isso é especialmente verdadeiro em pacientes com TPB de início precoce (os mais jovens), nos quais a detecção e a intervenção terapêutica são geralmente atrasadas”, finalizou o Vidal.
O processo para diagnosticar pacientes com suspeita do transtorno de borderline se baseia em quatro pilares:
- Entrevista detalhada com o médico ou profissional de saúde especializado em doenças mentais;
- Avaliação psicológica através de questionários ou outras metodologias;
- Histórico médico;
- Realização de exames;
- Avaliação dos sinais e sintomas.
Alguns exemplos dos sintomas observados são o padrão difuso de instabilidade no humor, no comportamento e nas relações, de forma que tenha dificuldades de lidar com a frustração e o medo intenso de abandono.
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Comportamentos promíscuos e suicidas também são comuns em pessoas diagnosticadas com Borderline, por conta dos constantes pensamentos intrusivos, difíceis de se livrar.
Isso gera uma impulsividade potencialmente autodestrutiva, como compulsão alimentar, contextos financeiros, no abuso de substâncias e direção imprudente.
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