O ícone do futebol brasileiro, Pelé, morreu nesta quinta-feira (29), aos 82 anos, ao lado da sua família, quando completou um mês de internação no Hospital Albert Einstein (SP).
O ex-jogador deu entrada no hospital com queixas de inchaço generalizado e problemas respiratórios, enquanto passava pelo tratamento de um câncer no colón.
Em dado momento, o organismo de Pelé parou de responder à quimioterapia, fato que levou os médicos a suspenderem as sessões e o colocar em cuidados paliativos.
Os cuidados paliativos são tratamentos alternativos fornecidos para pacientes, como Pelé, em que as enfermidades já atingiram estágios muito graves ou irrecuperáveis.
O objetivo do cuidado paliativo é aliviar o sofrimento, a dor física e emocional, não só do paciente, mas de toda a família, que também necessita de suporte médico e humano.
Nesse sentido, o foco não é mais curar, mas promover cuidados de conforto, suporte e gerenciamento de sintomas, segundo o Instituto do Câncer.
No caso de Pelé, essa metodologia respeitou seus últimos dias de vida, ao lado de família, com uma morte digna e acompanhada por uma equipe médica multidisciplinar, como recomendado pela OMS.
A partir do momento que os medicamentos de última geração e as diversas tecnologias oferecidas pelo hospital não estavam mais trazendo resultados, o objetivo passou a garantir a confortabilidade de Pelé.
A situação de Pelé estava estável dentro da gravidade, o que surpreendeu até mesmo a equipe médica e os familiares.
Porém, na quarta-feira (21), o rei Pelé apresentou uma "progressão da doença oncológica", em que os tumores do seu intestino passaram a obstruir seu trato gastrointestinal e piorar outras funções.
Na véspera de Natal, a sedação de Pelé foi aumentada, o colocando em um "processo ativo de morte", indicado quando o paciente atinge disfunções orgânicas irreversíveis.
Diante disso, a família já estava ciente de que a morte de Pelé poderia acontecer em horas ou poucos dias, o que se concretizou em 29 de dezembro de 2022.