A apresentadora Ana Maria Braga, de 73 anos, ficará afastada do programa Mais Você por alguns dias.
O motivo foi explicado pela apresentadora nas redes sociais: a realização de uma cirurgia de varizes.
O anúncio pode causar certa preocupação.
Afinal, pode-se imaginar que, ao tratar varizes, precisa-se de um extenso período de recuperação. No entanto, nos últimos anos, houve um avanço nos tratamentos de varizes.
Na manhã desta segunda-feira (27), Ana Maria Braga já deu notícias sobre a cirurgia no Twitter.
"Oi, meninos e meninas. Já fiz o procedimento e foi tudo bem", escreveu a apresentadora.
Ana Maria Braga também informou já está no quarto se recuperando.
"Espero logo, logo estarmos juntos novamente. Um beijo", publicou, no Twitter, Ana Maria Braga.
QUANTO TEMPO TEM QUE FICAR DE REPOUSO DEPOIS DA CIRURGIA DE VARIZES?
Atualmente, os novos procedimentos de varizes possibilitaram tratar os pacientes sem a necessidade de internação hospitalar por longos períodos.
"Aqui no Brasil, apesar dessa situação já ser realidade em alguns consultórios médicos, ainda existia uma grande resistência da classe médica em abraçar essa nova modalidade de tratamento. Apesar de ter excelentes resultados, barreiras como necessidade de altos investimentos em estrutura por parte dos vasculares, e a falta de cobertura dos convênios médicos para a maioria desses tratamentos, acabou por postergar a aplicação em massa por aqui", explica a cirurgiã vascular Aline Lamaita.
COMO É FEITA CIRURGIA DE VARIZES NAS PERNAS?
"A cirurgia de varizes foi substituída por um plano de tratamento elaborado e um tratamento estadiado (feito em etapas), dentro do consultório vascular", acrescenta Aline Lamaita, que é membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular.
O conceito surgiu da flebosuite, uma sala equipada para avaliação completa vascular: com equipamento de realidade aumentada, ultrassom doppler, laser transdérmico, resfriador de pele, material de escleroterapia e equipamento de laser endovenoso, além de documentação fotográfica adequada.
"Nessa nova realidade, o paciente passa por uma avaliação minuciosa, desde a consulta, passando pelo exame físico, exames complementares. Assim, um flebograma é desenhado, um desenho elaborado com detalhes de todo o sistema venoso do paciente", diz Aline.
A partir desse flebograma, um plano é traçado, com a combinação de um ou vários procedimentos combinados, com o objetivo de melhorar a circulação e o aspecto estético das pernas.
"Afinal, veias diferentes pedem tratamentos diferentes, e isso vai determinar o que vai compor o plano de tratamento individualizado."
Saiba quais procedimentos que fazem parte desse plano de tratamento, segundo Aline Lamaita:
- Termoablação da veia safena
Tratamento minimamente invasivo da veia safena, onde uma fibra óptica é introduzida na veia sem a necessidade de cortes, e a veia é então tratada por dentro, sendo após absorvida pelo próprio organismo.
"Hoje é considerado o padrão ouro, ou seja, o melhor tratamento para a veia safena. Sem necessidade de repouso, apenas dois a quatro dias sem atividade física", enfatiza.
- Espuma densa
Injeção de produto em formato de mousse dentro das veias mais calibrosas, substituindo a microcirurgia. Sem necessidade de repouso.
- ClaCs (Cryolaser + cryoescleroterapia)
"A técnica idealizada pelo Professor Doutor Kasuo Miyake combina o laser transdérmico com escleroterapia (injeções de glicose), tratamento adequado para veias menos calibrosas e superficiais na pele. Também pode ser utilizada para vasinhos (as famosas telangiectasias)", diz a médica.
Sem necessidade de repouso, apenas se abster de tomar sol por um período de dez dias após cada sessão.
- ATTA
Técnica utilizada para tratamento de veias varicosas através de punção e passagem de fibra óptica, sem cortes, sem repouso.
- ClaFs
Associação de laser transdérmico com espuma, que pode ser realizada em veias mais calibrosas e superficiais. Também não necessita de repouso.
Segundo a médica, um plano de tratamento é composto de um ou alguns desses procedimentos acima propostos.
"A decisão por qual ou quais técnicas utilizar será feita pelas características das veias, mas o mais importante: os tratamentos são pouco invasivos, praticamente sem repouso e são feitos no consultório, sem necessidade de internação", destaca Aline Lamaita.