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Saúde e Bem-estar

Por Cinthya Leite e equipe
MAL DE PARKINSON

O que é PARKINSON? Saiba tudo sobre a doença da jornalista da Globo, Renata Capucci

A Doença de Parkinson é uma doença degenerativa do sistema nervoso central; saiba tudo sobre a doença e como identificar os sintomas

Cadastrado por

Felipe Fernandes

Publicado em 28/04/2023 às 14:02 | Atualizado em 28/04/2023 às 14:05
Renata Capucci revela que entrou em depressão após diagnóstico da Doença de Parkinson - Internet

A Doença de Parkinson ocorre por causa da degeneração das células situadas numa região do cérebro chamada substância negra.

Essas células produzem a substância dopamina, que conduz as correntes nervosas (neurotransmissores) ao corpo.

A falta ou diminuição da dopamina afeta os movimentos provocando os sintomas acima descritos.

Confira nessa matéria:

O QUE É DOENÇA DE PARKINSON?

A causa da doença de Parkinson não é conhecida - FREEPIK/BANCO DE IMAGENS

A Doença de Parkinson é uma doença degenerativa do sistema nervoso central, crônica e progressiva.

É causada por uma diminuição intensa da produção de dopamina, que é um neurotransmissor (substância química que ajuda na transmissão de mensagens entre as células nervosas).

A falta ou diminuição da dopamina afeta os movimentos provocando os sintomas acima descritos.

O Parkinson causa tremores, lentidão de movimentos, rigidez muscular, desequilíbrio, além de alterações na fala e na escrita e ocorre por causa da degeneração das células situadas numa região do cérebro chamada substância negra.

RENATA CAPUCCI, JORNALISTA DA GLOBO, FOI DIAGNOSTICADA COM MAL DE PARKINSON

RENATA CAPUCCI no Mais Você, da TV Globo - GLOBO/REPRODUÇÃO

Na manhã desta sexta-feira (28), em entrevista a Ana Maria Braga, no programa Mais Você, Renata Capucci relembrou o momento em que recebeu o diagnóstico da doença de Parkinson.

Convivendo com a condição neurológica desde 2018, a jornalista falou abertamente, pela primeira vez, a respeito da doença e contou que sofreu para assimilar todas as informações. 

"Todos os dias eu recebo mensagens nas minhas redes sociais de gente que acabou de descobrir, gente que acha que tem, gente que descobriu e está naquele turbilhão louco em que eu estive lá em 2018", revelou Renata

CAUSAS

Com o envelhecimento, todos os indivíduos saudáveis apresentam morte progressiva das células nervosas que produzem dopamina.

Algumas pessoas, entretanto, perdem essas células (e consequentemente diminuem muito mais seus níveis de dopamina) num ritmo muito acelerado e, assim, acabam por manifestar os sintomas da doença.

Não se sabe exatamente quais os motivos que levam a essa perda progressiva e exagerada de células nervosas (degeneração), muito embora o empenho de estudiosos deste assunto seja muito grande.

Esses fatores podem ser genéticos ou ambientais.

SINTOMAS

Cerca de 1% da população acima dos 65 anos, segundo estimativas da OMS, conviverá com algum grau de enfermidades ligadas à doença de Parkinson - FREEPIK/BANCO DE IMAGENS

A lentidão de movimentos é, talvez, o maior problema para o parkinsoniano, embora esse sintoma não seja notado por outras pessoas.

Uma das primeiras coisas percebidas pelos familiares é que o doente demora mais tempo para fazer o que antes fazia com mais desenvoltura como, banhar-se, vestir-se, cozinhar, escrever.

Os principais sintomas da doença de Parkinson são:

  1. Lentidão motora (bradicinesia),
  2. Rigidez entre as articulações do punho, cotovelo, ombro, coxa e tornozelo,
  3. Tremores de repouso notadamente nos membros superiores e geralmente predominantes em um lado do corpo quando comparado com o outro 
  4. Desequilíbrio.

Estes são os chamados “sintomas motores” da doença, mas podem ocorrer também “sintomas não-motores” como diminuição do olfato, alterações intestinais e do sono.

DIAGNÓSTICO

O diagnóstico da doença de Parkinson é essencialmente clínico, baseado na correta valorização dos sinais e sintomas descritos.

O profissional mais habilitado para tal interpretação é o médico neurologista, que é capaz de diferenciar esta doença de outras que também afetam involuntariamente os movimentos do corpo.

Os exames complementares, como tomografia cerebral, ressonância magnética etc., servem apenas para avaliação de outros diagnósticos diferenciais. 

TRATAMENTO

A doença de Parkinson é tratável e geralmente seus sinais e sintomas respondem de forma satisfatória às medicações existentes.

Esses medicamentos, entretanto, são sintomáticos, ou seja, eles repõem parcialmente a dopamina que está faltando e, desse modo, melhoram os sintomas da doença.

Devem, portanto, ser usados por toda a vida da pessoa que apresenta tal enfermidade, ou até que surjam tratamentos mais eficazes.

Ainda não existem drogas disponíveis comercialmente que possam curar ou evitar de forma efetiva a progressão da degeneração de células nervosas que causam a doença.

REFERÊNCIAS 

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