Após a confirmação de uma morte causada pela febre maculosa, na manhã desta terça-feira (13), o Instituto Adolfo Lutz, vinculado à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, divulgou na noite do mesmo dia que os outros dois óbitos investigados foram causados pela mesma infecção.
De acordo com a Agência Brasil (AB), as três pessoas contraíram a febre maculosa (um homem, 42 anos, e duas mulheres, 28 e 36 anos) no município de Campinas, no interior paulista.
Os pacientes faleceram na última quinta-feira (8), mas a investigação para saber se a causa da morte era a febre maculosa ainda estava em andamento.
Dados recentes da AB, divulgados também nesta terça-feira, revelam que cada vez mais pessoas estão sendo internadas para tratamento de febre maculosa.
Em 2023, até o momento, 49 casos de febre maculosa foram notificados no Brasil, seis destes casos evoluíram para morte.
Por meio de uma nota, a prefeitura do município de Campinas disse que a região é uma área endêmica para febre maculosa, mas que a Secretaria de Saúde cumpre sua responsabilidade de alertar da população sobre os riscos e a prevenção da doença, promovendo ações nas regiões onde espaços de lazer estão mais concentrados.
Ainda segundo a nota, assim que os casos de febre maculosa foram notificados, o Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa) iniciou uma série de ações de prevenção, informação e mobilização contra a febre maculosa na Fazenda Santa Margarida, local onde os pacientes que vieram à óbito estiveram antes de contraírem a doença.
“Os responsáveis pela fazenda foram notificados sobre a importância da sinalização quanto ao risco da febre maculosa. Essa informação é imprescindível para que a pessoa adote comportamentos seguros ao frequentar estes espaços e também para que, após frequentar, se apresentar sinais e sintomas, informe o médico e facilite o diagnóstico”, diz a nota.
A Fazenda Santa Margarida emitiu uma nota lamentando as mortes causadas pela febre maculosa e disse que sempre agiu de acordo com as normas legais da vigilância sanitária.
“Toda a documentação da Fazenda está em conformidade e regularidade com os órgãos competentes e as exigências legais, incluindo a Prefeitura Municipal de Campinas. É importante destacar que, nos últimos anos, nunca houve qualquer caso semelhante a este [na fazenda]”, revela a nota.
O comunicado diz ainda que a região rural do municípo registra casos recoreentes de febre maculosa e que o controle e prevenção desta infecção é de responsabilidade do município.
“Essa enfermidade é considerada uma zoonose, ou seja, uma doença que pode ser transmitida entre animais e seres humanos. Cabe ressaltar que a responsabilidade pelo controle e prevenção da febre maculosa é atribuída ao município, conforme estabelecido pela legislação pertinente”, finaliza.
A febre maculosa, popularmente conhecida como "doença do carrapato-estrela", é uma infecção bacteriana que ocorre em todo o território brasileiro.
A bactéria responsável pela doença pertence ao gênero Rickettsia e é transmitida pela picada do carrapato vetor.