O cortisol, amplamente conhecido como "hormônio do estresse", atua em diversas funções complexas no organismo, incluindo o Sistema Nervoso Central (SNC).
O hormônio, produzio pelo córtex adrenal, dentro da glândula adrenal, localizada na parte superior dos rins - atua a nível da memória, atenção, sono, estado emocional, etc.
Além disso, ele está relacionado com a produção de glicose (açúcar) pelo fígado e tem efeito anti-inflamatório.
Os baixos níveis do hormônio podem estar relacionados com a Doença de Addison, e as altas taxas, com a Síndrome de Cushing.
A seguir, a médica Renata Carriço (CRM PE 24112) explica as relações do cortisol com a saúde e o bem-estar.
"O cortisol atua desde o ciclo menstrual à regulação dos níveis de glicose, estresse e insulina. Ou seja, ele age em vários tipos de células e glândulas do corpo, regulando vários tipos de processos do metabolismo corporal", explica.
Doença de Addison
De acordo com Renata, a redução nos níveis de cortisol podem dar origem à Doença de Addison, ou hipocortisolismo.
"O organismo tem um pico natural de cortisol no início da manhã, por volta das 8 horas. No diagnóstico da doença, a gente observa justamente que o cortisol está baixo nesse horário, que teria de ser de pico", informa a médica.
Sintomas
Alguns pacientes podem apresentar:
- Fadiga extrema;
- Perda de peso;
- Irregularidade menstrual;
- Hipoglicemias (queda de glicose).
Ao contrário da Doença de Cushing, esta enfermidade não é caracterizada por sintomas tão característicos. Muitas vezes, o diagnóstico só é feito após um período maior de tempo.
Cortisol alto: o que é bom para diminuir as taxas?
Renata: É possível regular o nível de cortisol no organismo através de medidas simples. A primeira seria dormir o tempo necessário para se sentir descansado.
Tem pessoas que dormem cinco, seis ou oito horas para poder ficar bem durante o dia. Além do sono de qualidade, ter uma alimentação balanceada com exercícios físicos faz toda a diferença.
Até a meditação ajuda, assim como fazer caminhadas e sair com amigos. O controle do hormônio vai muito além de medicamentos. Aliás, manter um estilo de vida saudável gera uma manutenção do cortisol ainda melhor.
Fontes:
Oscilações do cortisol na depressão e sono/vigília (Eduardo Marinho Saraiva (Aluno da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP); J. M. Soares Fortunato (Regente de Fisiologia da FMUP) e Cristina Gavina (Regente de Fisiologia da FMUP).
Especialista entrevistado: Médica Renata Carriço (CRM PE 24112) - Clínica Médica.
*É importante consultar um médico especialista para o diagnóstico adequado. Esta matéria tem apenas fins educativos.