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Saúde e Bem-estar

Por Cinthya Leite e equipe
SAÚDE MENTAL

BLACK FRIDAY 2023: Psicólogo alerta para gatilhos da compra compulsiva e orienta como evitar o consumo excessivo

O ato de comprar pode proporcionar satisfação imediata. Mas, por outro, é capaz de favorecer sentimento de culpa e arrependimento

Cadastrado por

Cinthya Leite

Publicado em 21/11/2023 às 17:40 | Atualizado em 21/11/2023 às 17:42
A competição por produtos limitados pode ser esmagadora em vários aspectos, especialmente por levar a um aumento no estresse e na ansiedade - FREEPIK/BANCO DE IMAGENS

Este mês de novembro, em que o comércio anuncia período de descontos e ofertas, pode despertar os gatilhos para ansiedade e compra compulsiva. Neste ano, o ápice da temporada, conhecido como Black Friday, ocorre no dia 24 de novembro (sexta-feira), quando lojas investem em promoções tentadoras para muita gente. 

A questão é que a Black Friday pode representar, para um grupo de pessoas, não apenas uma oportunidade de compra, mas também uma fonte significativa de estresse. É o que alerta o psicólogo Thiago Lacerda, professor do curso de Psicologia da Estácio Recife.

Segundo o especialista, durante a Black Friday e no período que a precede, a pressão social e de marketing é intensa, o que é capaz de provocar uma sensação constante de urgência. Para muitas pessoas, é como se elas estivessem perdendo algo crucial ao não participar.

"A competição por produtos limitados pode ser esmagadora em vários aspectos, especialmente por levar a um aumento no estresse e na ansiedade. A gestão financeira também é um grande fator gerador de estresse, pois muitas pessoas se preocupam com gastos excessivos, e o impacto deles nas finanças pessoais", destaca. 

A frustração surge quando as expectativas dos clientes não correspondem à realidade, seja por não encontrarem as ofertas desejadas ou por enfrentarem problemas logísticos.

"O consumo excessivo, especialmente em um evento como a Black Friday, pode ter um impacto complicado no bem-estar emocional", diz Thiago. 

"Por um lado, a realização de uma compra pode proporcionar satisfação imediata. Mas, por outro, frequentemente resulta em sentimento de culpa e arrependimento. A longo prazo, isso pode contribuir para uma saúde mental precária, com aumento nos níveis de ansiedade e estresse", alerta o psicólogo. 

Alguns sinais a serem observados, de acordo com Thiago, incluem ansiedade e estresse excessivos, especialmente se concentrados nas promoções e gastos.

"O comportamento impulsivo nas compras também é um indicador. Além disso, se alguém começa a se isolar socialmente para se concentrar nas compras ou pela vergonha do comportamento de consumo que tem, isso também pode ser um sinal de alerta", explica.

Segundo o professor da Estácio, a chave está no equilíbrio. "Planejar e estabelecer um orçamento claro podem ajudar a evitar decisões de gastos impossíveis. É crucial estar ciente das táticas de marketing e resistir à urgência artificial que eles criam. Priorizar a saúde mental é crucial. Atividades relaxantes ou de autocuidado podem ser muito benéficas nesses momentos", indica.

O psicólogo também orienta os consumidores a focarem na qualidade das compras, em vez de se deixarem levar pela quantidade de ofertas. "E, é claro, buscar apoio de amigos, familiares ou até mesmo ajuda profissional se o estresse ou a ansiedade se tornarem difíceis de controlar", sublinha Thiago. 

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