Indivíduos com 50 ou 60 anos frequentemente experimentam um aumento na frequência de despertares noturnos para urinar, gerando desconforto ao interromper o sono e, consequentemente, dificultando o retorno ao repouso.
Essa noite mal dormida pode resultar em sonolência e cansaço durante o dia. Além disso, ao longo do dia, torna-se comum o aumento da urgência em urinar, levando as pessoas a permanecerem próximas aos sanitários, principalmente em situações de urgência urinária.
Reconhecer esses sinais e sintomas é crucial para orientar a conduta a ser adotada. Embora problemas na próstata sejam comuns em homens dessa faixa etária, é importante lembrar de uma condição que afeta ambos os sexos: o diabetes.
O aumento dos níveis de glicose no sangue é uma das causas desse sintoma. Urinar repetidamente durante o dia e/ou à noite, histórico familiar da doença, sobrepeso e sedentarismo são indícios que sugerem a investigação do diabetes.
Realizar o diagnóstico não é uma tarefa complexa. A dosagem de glicose em jejum é o método mais prático. Valores até 99mg/dl são considerados normais, mas acima desse limite, é recomendável procurar um endocrinologista.
É importante destacar que existe também um exame de sangue, a hemoglobina glicada, que pode diagnosticar a doença a qualquer momento do dia, sendo uma opção prática e confiável. Lembre-se de que o diabetes é uma condição considerada epidêmica, afetando cerca de 12% da população. Embora não tenha cura, o diagnóstico precoce contribui para reduzir as complicações futuras.
OS 4 TIPOS DE DIABETES
Diabetes tipo 1
O diabetes tipo 1 é uma doença crônica não transmissível de origem hereditária. Geralmente, é diagnosticado na infância ou adolescência, podendo ocorrer também na fase adulta, representando cerca de 5% a 10% dos casos de diabetes mundialmente. Recomenda-se exames regulares, especialmente para aqueles com parentes próximos diagnosticados.
Caracteriza-se pela ausência total de insulina devido à destruição progressiva das células pancreáticas responsáveis por sua produção, ocorrendo por motivos autoimunes. Os sintomas incluem sede excessiva, urina em grandes volumes, perda de peso inexplicada, aumento da fome, náuseas, fadiga e cansaço.
O tratamento envolve injeções diárias de insulina, além de medidas preventivas como uso de outros medicamentos, alimentação saudável e exercícios físicos com orientação profissional.
Diabetes tipo 2
O diabetes tipo 2 é a forma mais comum da doença globalmente, especialmente associada ao estilo de vida moderno, como sedentarismo e alimentação inadequada. Estima-se que seja responsável por 90% dos casos de diabetes no Brasil.
Inicialmente assintomática, a resistência à insulina é a causa primária, com o pâncreas produzindo mais hormônio para superar essa resistência. Com o tempo, o órgão pode perder essa capacidade, resultando em hiperglicemia.
Os sintomas podem envolver infecções frequentes, cicatrização difícil, alterações visuais, formigamento em membros, fome constante e sede persistente. O tratamento inclui diversas medicações, insulina, alimentação equilibrada e exercícios.
Diabetes gestacional
O diabetes gestacional ocorre temporariamente durante a gestação, com taxas de açúcar no sangue acima do normal. Acometendo de 2% a 4% das grávidas, pode aumentar riscos para a mãe e o bebê se não for adequadamente tratado.
A origem está no desequilíbrio hormonal, sendo essencial a realização de exames para monitorar os níveis de glicose durante o pré-natal. Os sintomas incluem cansaço excessivo, náuseas, vontade frequente de urinar, sede intensa e boca seca. O tratamento envolve orientação nutricional e, em alguns casos, o uso de insulina.
Diabetes tipo LADA
O diabetes tipo LADA (Diabetes Latente Autoimune do Adulto) é menos conhecido, sendo provocado por uma desregulação do sistema imunológico que ataca o pâncreas. Esse processo ocorre mais lentamente do que no diabetes tipo 1, afetando adultos e comprometendo as funções pancreáticas.
Os sintomas são semelhantes a outros tipos de diabetes, incluindo cansaço, visão turva, vontade frequente de urinar, fome excessiva, entre outros. O tratamento busca controlar a glicemia com medicamentos orais por mais tempo, mas pode haver a necessidade progressiva de insulinoterapia.
Ao identificar sintomas ou ter histórico familiar da doença, agendar uma consulta médica é crucial para uma avaliação precisa e a realização dos exames necessários.
Fonte: Boa Consulta e Portal da Urologia