O que é linfoma não-Hodgkin? Saiba mais sobre o tipo de câncer que Suplicy foi diagnosticado
O câncer afeta as células do sistema linfático, apresenta sintomas variados e exige diagnóstico precoce para que o tratamento seja eficaz
O linfoma não-Hodgkin (LNH) é um tipo de câncer que afeta o sistema linfático e se desenvolve de forma desordenada, com diferentes tipos e graus de agressividade.
Nesta segunda-feira (28), o deputado estadual Eduardo Suplicy (PT-SP) tornou pública sua experiência com o LNH, revelando ter recebido o diagnóstico em julho e que vem realizando tratamento imunoquimioterápico
A doença, que afeta os linfócitos (células de defesa do organismo), acomete o sistema imunológico e exige cuidados contínuos e mudanças nas atividades diárias para evitar a exposição devido à baixa imunidade.
Segundo Suplicy, a doença já está controlada. "Felizmente meus exames já apresentam bons resultados", afirmou o deputado na publicação.
Confira abaixo mais detalhes sobre este tipo de câncer.
O que é o linfoma não-Hodgkin?
O linfoma não-Hodgkin (LNH) é um câncer que se origina nas células linfáticas, parte fundamental do sistema imunológico.
Esse câncer pode aparecer em qualquer parte do corpo, pois o tecido linfático está desde o pescoço até o abdômen e membros superiores e inferiores.
Existem mais de 20 tipos de linfoma não-Hodgkin, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), que variam quanto ao comportamento e ao prognóstico.
A doença afeta principalmente pessoas acima de 60 anos, embora possa ocorrer em todas as faixas etárias.
Como o LNH afeta o organismo?
O sistema linfático é uma rede de vasos e órgãos, como linfonodos e o baço, que atua na defesa contra infecções e doenças.
O LNH interfere nesse sistema ao transformar células saudáveis em células cancerosas, as quais se multiplicam e podem se espalhar rapidamente.
De modo geral, essa doença torna-se mais comum com o avançar da idade e é mais incidente em homens.
De acordo com estimativas recentes do INCA, em 2022 surgiram cerca de 12 mil novos casos, sendo os homens mais afetados.
Sintomas
Reconhecer os sinais iniciais do linfoma é essencial para buscar diagnóstico e tratamento rapidamente. De acordo com o Ministério da Saúde, os sintomas do LNH podem incluir:
- Aumento dos linfonodos (gânglios): caroços indolores no pescoço, axilas ou virilha;
- Suor noturno: episódios de suor excessivo, especialmente à noite;
- Febre e coceira na pele: sem causas aparentes, que pode persistir por dias;
- Perda de peso: emagrecimento maior que 10% do peso, sem motivo aparente.
Esses sintomas não indicam necessariamente o LNH, mas persistindo por dias, devem ser investigados.
Fatores de risco
Diversos fatores podem aumentar o risco de desenvolver o linfoma não-Hodgkin:
- Comprometimento do sistema imunológico: doenças hereditárias, imunossupressão, como em pacientes transplantados, e infecções por vírus, como HIV;
- Exposição a agentes infecciosos: o vírus Epstein-Barr e a bactéria Helicobacter pylori estão relacionados a alguns tipos de LNH;
- Substâncias químicas: trabalhadores expostos a produtos químicos como benzeno, agrotóxicos e solventes têm risco elevado.
A detecção precoce de linfoma não-Hodgkin contribui para melhores chances de tratamento e recuperação.
Como é feito o diagnóstico e o tratamento
A confirmação do LNH exige exames específicos para determinar o tipo e o estágio da doença, entre eles:
- Biópsias;
- Exames de imagem;
- Punções lombares para verificar a presença de células cancerosas no sistema nervoso central.
O tratamento pode envolver quimioterapia, imunoterapia e, em casos específicos, radioterapia.
Após o tratamento inicial, o acompanhamento médico com exames regulares e monitoramento dos efeitos colaterais é fundamental para evitar recidivas e tratar eventuais complicações.