Câncer de mama: alerta contra fake news e riscos à saúde

Informações falsas sobre câncer de mama causam desinformação e riscos, afetando a prevenção, o diagnóstico precoce e o sucesso dos tratamentos

Publicado em 14/11/2024 às 13:59
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A Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) publicou um comunicado oficial alertando sobre a disseminação de fake news relacionadas ao câncer de mama.

As falsas informações, que circulam principalmente nas redes sociais, distorcem dados médicos e ameaçam a saúde pública ao espalhar mitos e tratamentos sem embasamento científico.

Entre as alegações mais prejudiciais estão as afirmações de que a mamografia pode causar câncer, que o câncer de mama não existe e que ele pode ser prevenido ou tratado com o uso de hormônios.

Esses boatos preocupam especialistas, pois desinformam e induzem práticas arriscadas, afastando pacientes dos cuidados médicos adequados.

Câncer de mama

O câncer de mama é a principal neoplasia entre as mulheres brasileiras, com mais de 70 mil novos casos diagnosticados por ano, segundo dados da SBM. O diagnóstico precoce, feito com exames como a mamografia, é uma das principais formas de reduzir a mortalidade da doença.

A mamografia é o método mais eficaz para detecção precoce do câncer de mama. Realizar o exame regularmente em mulheres entre 40 e 75 anos pode reduzir em 20% a 30% a mortalidade pela doença, alerta o comunicado da SBM.

"Muitas pessoas ainda têm a visão antiga da doença, que era geralmente mortal e necessitava de tratamentos agressivos como mastectomia e quimioterapia. O desconhecimento dos avanços da medicina cria campo fértil para a atuação destas pessoas mal-intencionadas, que visam desinformar para obter lucros pessoais", esclarece a médica Ana Beatriz Albuquerque, presidente da SBM/PE.

Os avanços no tratamento da doença, hoje permitem taxas de cura superiores a 95% nos casos iniciais. Além disso, tratamentos modernos frequentemente dispensam a necessidade de quimioterapia e preservam a mama. 

O comunicado da SBM ainda critica pessoas e profissionais sem qualificação que aproveitam o medo do câncer para lucrar, promovendo terapias e cursos não regulamentados.

Segundo a entidade, muitas dessas práticas envolvem a venda de infusões sem registro da Anvisa e falsas promessas de cura, levando os pacientes a tratamentos perigosos e sem comprovação científica.

Comunicado da SBM

A Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) observa com grande preocupação o crescente número de notícias falsas a respeito do tratamento e da prevenção do câncer de mama.

As redes sociais possuem inúmeros perfis de pessoas que se dizem médicas ou profissionais de saúde que fazem afirmações sensacionalistas e mentirosas sobre o assunto. Aparentemente, o modus operandi é sempre o mesmo:

  1. Divulga-se algo absurdo e sem nenhuma comprovação científica (ou já provado o contrário), sempre baseado na opinião da pessoa ou de algum outro dito influenciador;
  2. Venda de algum tratamento ou terapia milagrosa que vai curar ou evitar a doença, geralmente através de infusões sem registro na Anvisa e vendidas na própria clínica ou consultório;
  3. Outra forma de lucro é através de cursos voltados para médicos, profissionais de saúde ou até pessoas sem nenhuma formação, para ensinar as tais terapias.

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Apesar de todos estes enormes avanços, muitas pessoas ainda têm a visão antiga da doença, que era geralmente mortal e necessitava de tratamentos agressivos como mastectomia e quimioterapia.

O desconhecimento dos avanços da medicina cria campo fértil para a atuação destas pessoas mal-intencionadas, que visam desinformar para obter lucros pessoais.

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