Da Estadão Conteúdo
Uma das duas amigas que acompanhavam a mulher de 23 anos que acusa Daniel Alves, 39, de agressão sexual afirma que o jogador brasileiro também passou a mão em suas partes íntimas na ocasião do suposto estupro. A informação foi divulgada nesta terça-feira (24) pelo jornal espanhol La Vanguardia.
Daniel Alves está preso preventivamente desde o dia 20 de janeiro, sem direito a fiança. Ele nega todas as acusações.
Segundo o jornal, a amiga contou aos investigadores que Daniel Alves a apalpava violentamente e que passou a mão em suas partes íntimas até que ela conseguiu se desvencilhar e se afastar do atleta.
A declaração vai ao encontro do depoimento da possível vítima. "Foi quando percebi como ele tocava minhas amigas e o quanto estava próximo", disse.
Os investigadores buscaram entrar em contato nas últimas semanas com o maior número possível de pessoas que estavam na casa noturna Sutton no dia 30 de dezembro de 2022, quando teria ocorrido o crime.
Um dos porteiros da casa noturna ouvido pelas autoridades disse que viu a crise de ansiedade da mulher como sinal de que algo estava errado.
Daniel Alves é transferido de presídio
Ainda de acordo com a reportagem, um dos amigos de Daniel Alves que estava na mesa do jogador na área VIP da boate é um chef brasileiro identificado apenas como Bruno. Ele teria ficado com uma das amigas da vítima no local reservado e a procurou posteriormente nas redes sociais para "oferecer" ajuda.
ENTENDA O CASO DANIEL ALVES
A juíza Maria Concepción Canton Martín decretou a prisão preventiva de Daniel Alves no dia 20 de janeiro. Ele foi detido ao dar depoimento sobre o caso de agressão sexual contra uma mulher no dia 30 de dezembro.
O Ministério Público da Espanha pediu a prisão preventiva do atleta, sem direito à fiança, e a titular do Juizado de Instrução 15 de Barcelona acatou o pedido, ordenando a detenção.
A juíza argumentou na decisão de prender o jogador que existia o risco de fuga, uma vez que o atleta não mora mais na Espanha e tem recursos financeiros para sair do país a qualquer momento. Além disso, a Espanha não tem acordo de extradição com o Brasil.
DANIEL ALVES SUSPEITO DE ESTUPRO
A acusação se refere a um episódio que teria ocorrido na casa noturna Sutton, em Barcelona, no dia 30 de dezembro de 2022.
Daniel Alves teria trancado, agredido e estuprado a mulher em um banheiro da sala VIP da casa, segundo o jornal El Periódico.
CONTRADIÇÃO EM DEPOIMENTO
Segundo a imprensa espanhola, a contradição no depoimento do lateral-direito foi determinante para o Ministério Público do país pedir a prisão e a juíza aceitar.
No início de janeiro, Daniel Alves deu entrevista ao programa "Y Ahora Sonsoles", da Antena 3, em que confirmou que esteve na mesma casa noturna que a mulher que o acusa, mas negou ter tocado na denunciante sem a anuência dela e disse que nem a conhecia.
No depoimento, porém, de acordo com os meios de comunicação da Espanha, o atleta afirmou ter tido relações consensuais com a mulher, cujo nome não foi revelado.
Segundo a rádio Cadena SER, imagens da vigilância interna do local confirmam que Daniel Alves ficou 15 minutos com a mulher no banheiro da casa noturna.
O Pumas, do México, anunciou na última sexta que o contrato de trabalho de Daniel Alves com o clube foi rompido por justa causa.
TATUAGEM DECISIVA PARA PEDIDO DE PRISÃO DE DANIEL ALVES
Uma tatuagem foi decisiva para o pedido de prisão preventiva de Daniel Alves.
De acordo com o jornal El Mundo, a vítima descreveu que Daniel Alves tinha uma tatuagem de meia-lua entre o abdome e as partes íntimas, que só poderia ser vista caso ele estivesse sem roupa.