O concurso para preenchimento de vagas na Polícia Militar de Pernambuco e no Corpo de Bombeiros Militar será anunciado em abril. A confirmação foi dada pela secretária de Defesa Social, Carla Patrícia Cunha, durante o Debate da Super Manhã, na Rádio Jornal, nesta quinta-feira (30).
Segundo a secretária, mais de 2 mil vagas para praças da Polícia Militar de Pernambuco estão previstas. Haverá vagas também para oficiais.
Além disso, segundo Carla Patrícia Cunha, 300 vagas para o Corpo de Bombeiros Militar devem ser anunciadas.
"Serão muitas vagas abertas. Inicialmente, essas duas operativas serão priorizadas, porque sabemos que há uma defasagem significativa em relação ao Brasil. Estamos em 17º lugar em relação aos Estados brasileiros. Nossa meta é ficar entre os 10 em número de efetivo da PM até o fim da gestão", afirmou.
A secretária estadual descartou uma possível convocação de pessoas que participaram do concurso da Polícia Militar realizado em 2018. Dessa última seleção, ingressaram 1.885 PMs entre os anos de 2019 a 2022.
Carla Patrícia ainda anunciou que o governo estadual pretende realizar concursos para a segurança pública a cada dois anos.
O debate na Rádio Jornal discutiu as ações para a segurança pública em Pernambuco. Além de Carla Patrícia, também participaram o superintendente da Polícia Federal em Pernambuco, Antônio de Pádua, e o superintendente substituto da Polícia Rodoviária Federal no Estado, Ricardo Diniz.
O debate foi mediado por Natalia Ribeiro, e contou com a participação de Raphael Guerra, titular da Coluna Segurança, deste JC.
A secretária de Defesa Social reforçou que os concursos são muito necessários para diminuir o déficit de profissionais da segurança em Pernambuco.
Atualmente, o efetivo da Polícia Militar de Pernambuco é de 16.539 profissionais. O número mínimo ideal seria de 27.672, ou seja, faltam mais de 11 mil PMs nas ruas para garantir, de forma mais eficaz, a segurança da população.
O Corpo de Bombeiros conta com 2.465 profissionais na ativa.
Já a Polícia Civil, 5.032. A Polícia Científica conta com 645. Ainda não há previsão para anúncio de vagas para essas duas operativas.
A entrada de novos policiais militares - que só deve acontecer no ano de vem, após o curso de formação dos aprovados - deve aliviar também a situação do efetivo atual, que reclama da sobrecarga de trabalho.
PMs relatam uma rotina de pressão por metas e exigência de participação em plantões extras nos dias de folga.
Muitos militares afirmam que estão esgotados de tantos dias consecutivos trabalhados e sem intervalo para descanso. Por causa disso, segundo eles, os casos de ansiedade, depressão e afastamentos para tratamento de saúde se multiplicam nos batalhões.