Polícia Federal quer operações em Fernando de Noronha contra tráfico de drogas e crimes ambientais

O Arquipélago de Fernando de Noronha receberá atenção especial da nova gestão da Polícia Federal em Pernambuco. Uma nova unidade administrativa está sendo construída para os policiais federais, que também vão focar no combate ao tráfico de drogas, tráfico de animais e crimes contra o meio ambiente.

"A gente sabe que Noronha é ponto de entrada e de saída de diversos veleiros, de embarcações que vêm do mundo todo. Então a gente tem que ter uma presença administrativa maior. A gente vai finalizar essa obra e pensar em trazer operações policiais na ilha", afirmou o superintendente da Polícia Federal em Pernambuco, Antônio de Pádua, em entrevista à Rádio Jornal nesta quinta-feira (30). 

Há indícios de que embarcações que transportam drogas - como a cocaína - passam por Fernando de Noronha em direção à Europa.

Pádua também disse que outros serviços da Polícia Federal estão sendo discutidos para a ilha, como a possibilidade de expedição de passaportes. 

"Com a nova sede inaugurada, a ideia é possibilitar até um trabalho de expedição de passaporte na ilha, para quem mora por lá", pontuou. 

QUEM É NOVO SUPERINTENDENTE DA POLÍCIA FEDERAL EM PERNAMBUCO?

Antônio de Pádua Vieira tomou posse, no último dia 15, como superintendente da Polícia Federal em Pernambuco. Ele substituiu o também delegado federal Daniel Grangeiro de Souza, que estava no cargo desde maio de 2021. 

Antônio de Pádua foi secretário de Defesa Social (SDS) no Estado, entre 30 de junho de 2017 e 04 de junho de 2021, no governo Paulo Câmara. Antes, havia ocupado o cargo de corregedor-geral da mesma pasta.

Pádua chegou ao comando da SDS num momento bastante complicado em relação à violência. Em 2017, houve recorde histórico de assassinatos em Pernambuco.

O delegado federal conduziu mudanças estratégicas no programa Pacto pela Vida que contribuíram com a redução dos assassinatos nos dois anos seguintes.

Pernambucano, Antônio de Pádua é bacharel em direito pela Universidade Federal de Pernambuco desde 2002. Ele já integrou o Ministério Público de Pernambuco, como Oficial de Promotoria, entre os anos de 2000 e 2003.