Notícias sobre segurança pública em Pernambuco, por Raphael Guerra

Segurança

Por Raphael Guerra e equipe
MAURO CID E BOLSONARO

Quem é MAURO CID? Ex-ajudante de Bolsonaro é preso em operação nesta quarta-feira (3)

Mauro Cid foi preso numa operação que apura a inserção de dados falsos de vacinação da covid-19 no sistema do Ministério da Saúde

Cadastrado por

Raphael Guerra

Publicado em 03/05/2023 às 9:32 | Atualizado em 03/05/2023 às 9:38
Mauro Cid foi o principal ajudante de ordens de Bolsonaro durante a Presidência - REPRODUÇÃO/FACEBOOK

Mauro Cesar Barbosa Cid, o Mauro Cid ou "coronel Cid", tenente-coronel do Exército e ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, foi preso na manhã desta quarta-feira (3) numa operação da Polícia Federal que investiga a inserção de dados falsos de vacinação da covid-19 no sistema do Ministério da Saúde. 

QUEM É MAURO CID?

Com acesso livre ao Planalto nos últimos quatro anos, Mauro Cid se envolveu em polêmicas com o youtuber Allan dos Santos, com o caso das joias e até mesmo suposto pivô da demissão de um general do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O pai do coronel Cid, o general Mauro Cesar Lourena Cid, foi amigo do ex-presidente na Academia das Agulhas Negras e a relação se estendeu para outros membros da família.

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Durante o governo Bolsonaro, o coronel teve livre acesso ao gabinete presidencial, ao Palácio da Alvorada e até mesmo ao quarto ocupado pelo ex-chefe do Executivo nos hospitais, após cirurgias.

A atuação do discreto assessor presidencial ganhou os holofotes, porém, depois que vieram à tona suas conversas no WhatsApp com o blogueiro Allan dos Santos, do Terça Livre, no inquérito aberto para investigar a organização e o financiamento de atos antidemocráticos.

Em depoimento prestado, Mauro Cid declarou à PF que não se recordava de "ter estabelecido" conversas com Allan dos Santos sobre a "necessidade de intervenção das Forças Armadas" e negou apoiar a ideia.

MAURO CID ENVOLVIDO NO CASO DAS JOIAS

Cid também esteve envolvido no caso das joias avaliadas em R$ 16,5 milhões que Bolsonaro trouxe ilegalmente para o Brasil. Como mostrou o Estadão, o ajudante de ordens e "faz-tudo" do ex-presidente foi o primeiro a ser escalado para resgatar pessoalmente joias e relógio de diamantes.

Um ofício obtido pelo Estadão revela que Cid escalou ele mesmo para a missão. O documento enviado à Receita informando que um auxiliar do presidente iria pegar as joias era assinado pelo próprio Cid. O coronel era o oficial mais próximo de Bolsonaro e acompanhava o presidente o tempo todo.

O tenente-coronel do Exército também foi quem pediu, com "urgência", avião da FAB e diárias para a ida do sargento Jairo Moreira da Silva a São Paulo, três dias antes do fim do mandato de Bolsonaro, para buscar as joias apreendidas pela Receita Federal no aeroporto de Guarulhos.

Esse fato foi considerado como uma espécie de "impressão digital" de Bolsonaro na tentativa de liberar as peças.

No governo Lula, Cid também foi considerado o pivô da demissão do comandante do Exército, general Júlio César de Arruda.

Como mostrou o Estadão, Arruda mostrou resistência para exonerar o tenente-coronel Cid, nomeado para chefiar o 1.º Batalhão de Ações de Comando do Exército em Goiânia. Então, Arruda foi retirado do cargo após 23 dias de trabalho; o Exército não informou o motivo da sua exoneração.

OUTROS PRESOS NA OPERAÇÃO DESTA QUARTA-FEIRA (2)

Além do Cid, a Operação Venire pendeu mais três outros nomes: o secretário de Cultura e Turismo de Duque de Caxias (RJ), João Carlos de Sousa Brecha, o policial militar que atuou na segurança presidencial, Max Guilherme, e o militar do Exército e também segurança pessoal de Bolsonaro, Sérgio Cordeiro.

(Com informações da agência Estadão Conteúdo)

 

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