O programa Linha Direta, da TV Globo, nesta quinta-feira (8), conta a história da viúva Heloísa Borba Gonçalves, de 73 anos, procurada pela Interpol e foragida da Justiça há mais de 50 anos. Conhecida como Viúva Negra, Heloísa é mandante de crimes em três Estados brasileiros e integra a lista de pessoas mais procuradas do mundo da Interpol. As informações são da agência Estadão Conteúdo.
CRIMES DA VIÚVA NEGRA
A sequência de mortes de seus companheiros começou nos anos de 1970, com um misterioso acidente de carro sofrido pelo médico alemão Guenther Wolf, com o qual Heloísa teria se casado pouco tempo antes. Seis meses depois ela deu à luz Vitória Leticia e a registrou como filha de Guenther, que herdou toda a fortuna de Wolf.
Em 1977, ela já tinha outro companheiro, Carlos Pinto da Silva, que sofreu um atentado a tiros em Salvador, mas sobreviveu. Na década de 1980, ela conheceu o português Irineu Duque Soares, no Rio de Janeiro. Eles se casaram e cinco meses depois o homem foi assassinado. Heloísa também herdou os bens ao registrar mais um bebê em seu nome, Daniel.
ASSISTA: O QUE ACONTECEU NO CASO DA VIÚVA NEGRA?
Já em 1990, aos 40 anos, ela se aproximou de Nicolau Saad, que também foi morto tempos depois. E dois anos depois, o coronel Jorge Ribeiro, companheiro de Heloísa, foi brutalmente assassinado. E no ano seguinte, em 1993, Wagih Murad, 84, outro ex-marido morreu após um atentado.
VIÚVA NEGRA: PERFIL DAS VÍTIMAS
O perfil das vítimas era semelhante: homens mais velhos, viúvos ou divorciados e com muitos bens. Além de ser suspeita de ser mandante do assassinato ou ataque de vários ex-maridos, a Viúva Negra também está envolvida com crimes como estelionato, falsidade ideológica e fraude.
Segundo investigações do FBI, agentes rastrearam em 2013 Heloísa Borba Gonçalves na Flórida, nos Estados Unidos, com outro nome: Heloísa Saad Lopez. Mas até hoje o paradeiro dela não foi localizado.