O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) criou uma força-tarefa para acompanhar as investigações do assassinato do juiz Paulo Torres Pereira da Silva, de 69 anos, titular da 21ª Vara Cível da Capital. O crime aconteceu na noite dessa quinta-feira (19).
"O procurador-geral de Justiça, Marcos Carvalho, está designando promotores/as de Justiça de Jaboatão dos Guararapes para acompanhar, em conjunto com o Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público de Pernambuco (Gaeco/MPPE), a investigação iniciada pela Polícia Civil", informou, por meio de nota oficial, o MPPE.
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) também vai acompanhar o caso.
O magistrado teve o carro interceptado e foi atingido com pelo menos um tiro, na noite dessa quinta-feira (19), na Rua Maria Digna Gameiro, no bairro de Candeias, em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife.
REPERCUSSÃO
Desde a noite da quinta-feira, e ao longo desta sexta, entidades manifestaram pesar pelo assassinato do juiz, que tinha mais de 30 anos de carreira. Também cobraram apuração rigorosa para punir os culpados pelo crime.
Por meio de nota, a Associação dos Magistrados de Pernambuco (AMEPE) declarou que "a diretoria da entidade presta a sua solidariedade a todos os familiares e amigos, e também manifesta repúdio e indignação à violência que culminou na morte do magistrado."
"A AMEPE está acompanhando o caso junto às autoridades competentes e espera uma investigação célere sobre as circunstâncias que ocasionaram a morte do magistrado, com a punição dos responsáveis com o rigor da lei", disse o texto.
Já a Ordem dos Advogados do Brasil - Seccional Pernambuco (OAB-PE) afirmou que vai "acompanhar e exigir das autoridades competentes, como deve ocorrer em todos os casos, investigação rápida e eficaz que leve à responsabilização dos culpados por esse crime brutal".
"Nos solidarizamos com a família, amigos e todos os membros do Judiciário pernambucano neste momento de dor. Permaneceremos resilientes em nossa busca por justiça e paz", pontuou a nota.
A Defensoria Pública de Pernambuco destacou, em nota, que lamenta a morte do juiz, que "tinha mais de 30 anos dedicados à magistratura, período no qual atuou com honradez e comprometimento com a justiça".