Ataques de tubarões aproximam Pernambuco e Austrália

Publicado em 17/04/2018 às 21:48
Foto: NE10


Foto: WSL / Kelly Cestari O que Pernambuco tem em comum com Margaret River na Austrália , local onde esta a acontecendo a última etapa da perna australiana do circuito da WSL? Ataques de Tubarões. Para quem acredita uma triste coincidência aconteceu. No mesmo dia na praia de Piedade em Jaboatão dos Guararapes, Pernambuco, Pablo de Melo, 34 anos, sofreu um ataque que aproximou estas duas realidades geograficamente tão distante. Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem Pablo nadava na arrebentação das ondas e com a água do mar batendo na altura da sua cintura, quando foi mordido. Foi o decimo primeiro "encontro" no mesmo local, o que levou o surfe na área ser proibido há vários anos, transformando os surfistas locais em "sem-pico". Somando 63 vítimas de ataques de tubarão registradas em 26 anos na região metropolitana do Recife, onde Piedade é situada. Vinte e quatro das vítimas não sobreviveram. Enquanto isso na Austrália, dois surfistas foram atacados, um deles provavelmente, por um tubarão branco com quatro metros, as 08:00 h da manhã desta segunda-feira, 16/03, pelo horário australiano, na praia de Cobblestones, em Gracetown, no sudoeste da Austrália, a cerca de 15 km de Margaret River. A primeira vítima foi Alejandro Travaglini, surfista de 37 anos, que foi mordido na parte inferior da perna na praia de Cobblestones, bem perto do local onde deveria ocorrer o torneio de surf Margaret River Pro. Com uma perna ferida, o surfista teve a sorte de conseguir pegar uma onda deitado e conseguiu chegar à praia. "- O tubarão saiu da água e derrubou o surfista da prancha. Depois foi difícil ver o que aconteceu, milagrosamente ele conseguiu pegar uma onda de jacaré e chegar à praia" descreveu o fotógrafo Peter Jovic ao site Stab. Outros surfistas prestaram os primeiros socorros usando o estrepe, corda de poliuretano usado para prender a prancha ao tornozelo, como garrote, prestaram-lhe os primeiros socorros, até chegarem os paramédicos de emergência que o levaram para um hospital em Perth. As últimas informações dizem que ele esta internado, em condição estável e deverá ser operado. O ataque foi rapidamente publicado pelos meios de comunicação e nas redes sociais dos locais e levou à suspensão temporária por uma hora do CT Margaret River Pro, a terceira etapa do circuito mundial de surfe da World Surf Legue. "Depois de conversar com autoridades locais, organização e competidores, a WSL decidiu retomar a competição no Main Break de Margaret River. A segurança dos surfistas são prioridades para WSL, e medidas de segurança, como jet-ski e drone, foram somados aos protocolos já existentes" publicou a WSL em nota. À tarde, o segundo ataque foi registrado. Jason Longrass, surfista de 41 anos, foi mordido e sofreu ferimentos leves , por um tubarão branco de estimados quatro metros de comprimento na praia de Lefthanders. Ele disse não saber que estava proibido surfar, por causa do incidente ocorrido pela manhã em Cobblestones, e disse que viu o tubarão nadando em sua direção. Ele sofreu apenas ferimentos leves. Nas redes sociais os brasileiros Gabriel Medina e Ítalo Ferreira pediram medidas de segurança: " ... tiveram dois ataques de tubarão numa praia próxima que estamos competindo. Eu não me sinto seguro treinando e competindo nesse tipo de lugar, qualquer hora pode acontecer alguma coisa com um de nós. Espero que não. Deixando minha opinião antes que seja tarde" - desabafou Medina. Já o potiguar líder do ranking mundial, Ítalo Ferreira alertou:" Dois ataques de tubarões em menos de 24h aqui na Austrália. Detalhe: Apenas a alguns quilômetros de onde está sendo realizado o evento. Muito perigoso, não acham? E, mesmo assim, continuam insistindo em fazer etapas onde o risco de ter esse tipo de acidente é 90%. Aí eu pergunto: - A segurança dos atletas não é prioridade? Já tivemos vários alertas. Fica o questionamento: Dinheiro e o entretenimento de uma “visita” inusitada de um tubarão valem mais que uma vida? Espero que isso não aconteça com nenhum de nós. Eu não me sinto confortável treinando e competindo em lugares assim! Fica o protesto! Ítalo Ferreira pela primeira vez com a lycra amarela de líder do circuito . Foto: WSL / Dunbar                                                                Acompanhe o que aconteceu na Etapa anterior do Champion Chip Tour: De Baía Formosa para o topo de Bells
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