Não é novidade para ninguém que o estresse excessivo prejudica a saúde. Caso seja vivenciado diariamente, pode debilitar a qualidade de vida e o bem-estar, causando problemas como insônia, depressão, prisão de ventre, envelhecimento precoce, problemas no coração e de pele. No entanto, é bom lembrar que atividade física e estresse têm relação inversamente proporcional. Ou seja, o exercício físico regular é comprovadamente eficaz no combate a esse mal.
Segundo o consultor técnico do Programa Academia da Saúde do Ministério da Saúde, Fábio Carvalho, os benefícios da prática de atividades físicas são muitos, desde a melhoria do sono, menor risco de ataques cardíacos, maior capacidade de enfrentar os geradores do estresse, redução dos níveis de ansiedade e depressão, melhora do humor, até o aumento da sensação de bem-estar e da autoestima.
Também contribui para a redução da pressão arterial e do colesterol, controle da diabetes, melhoria da capacidade pulmonar e da flexibilidade das articulações, além do fortalecimento dos sistemas muscular e ósseo.
Apesar de tudo isso, apenas três em cada 10 brasileiros na idade adulta praticam atividades físicas e esportivas regularmente, segundo levantamento inédito realizado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). De acordo com o estudo, a situação socioeconômica regula a prática de exercícios físicos.
Pessoas com renda mensal per capita de cinco salários mínimos ou mais praticam atividades físicas até 71% a mais do que a média das pessoas adultas no país. Em contrapartida, o grupo de pessoas sem nenhum nível de instrução pratica até 54% a menos que a média das pessoas adultas. Além desse grupo, mulheres de baixo nível socioeconômico e educativo, pessoas idosas, pessoas negras e pessoas com deficiência formam a maioria entre os não praticantes.
Para combater o estresse e gerar todos os demais benefícios à saúde, os especialistas aconselham que a prática de atividades físicas deve ser realizada de três a quatro vezes por semana. Antes de começar, porém, é essencial fazer uma avaliação clínica, com cardiologista ou clínico geral, e procurar um profissional de Educação Física.