Desde a última quarta-feira (18), os pernambucanos, amantes dos exercícios físicos, viram-se obrigados a mudar completamente ou parcialmente a rotina. Se antes um dos maiores prazeres do dia já tinha endereço certo, o momento agora é de adaptação. Por determinação do governo do estado de Pernambuco, nenhuma academia de ginástica ou estabelecimento similar pode funcionar como parte das medidas de contenção ao novo coronavírus, o covid-19. Longe dos locais de treinos, muitos têm investido em atividades ao ar livre, respeitando as medidas de segurança ditadas pelas autoridades sanitárias. Outros preferem restringir a prática ao ambiente de casa.
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O empresário e engenheiro civil Flávio Margolis, de 36 anos, é adepto do estilo de vida saudável há muitos anos. A vivência nos esportes começou cedo. Ainda bebê, teve contato com a natação, esporte que adotou de forma amadora. Depois vieram outras práticas. Há 20 anos Flávio é adepto das corridas de rua, há cinco também passou a praticar boxe e faz dois anos que inseriu o crossfit na rotina.
Com o fechamento dos estabelecimentos que estava acostumado a frequentar, Flávio vem tentando levar, mais ou menos, a mesma rotina. Obviamente impossibilitado agora de frequentar os treinos em grupo.
"Nunca passo um dia sem exercícios. Acho que os maiores cuidados (com a pandemia do coronavírus) são evitar contato físico, aglomerações e excessos, para não baixar a imunidade. Acordo todos os dias as 4h45 e continuo correndo, umas 5h eu já estou no calçadão. E continuo fazendo boxe. Eu tenho um saco de pancadas. Faço sem contato físico com ninguém. Além de flexões e abdominais. Então, estou procurando manter a mesma rotina que eu sigo em viagens. Inclusive, acordo com o despertador. Estando em quarentena ou não, eu mantenho a minha disciplina normal", contou Flávio.
O estudante de engenharia mecânica Bruno Carvalho, 23 anos, também tem mesclado as atividades ao ar livre com os treinos em casa. Envolvido com esportes desde criança e também amante das modalidades radicais, antes da pandemia, ele alternava a rotina entre o crossfit e o surfe. "Até agora, estou me adaptando bem, por não ser muito tempo que estou sem treinar. Mas não fico parado. Tento fazer um treino na praia, em casa, só pra não ficar parado mesmo. Acho super importante que tenha esse isolamento das pessoas em casa, para que possamos reduzir os danos dessa contaminação que está rolando no mundo todo", afirmou.
Já a profissional de Educação Física Patrícia Figueiredo, 45 anos, não tem recorrido às atividades ao ar livre, apesar de alguns infectologistas até afirmarem que não há perigo de contágio, desde que respeitadas medidas de segurança. Apaixonada por manter o corpo em movimento, ela tem investido em treinos feitos em casa, utilizando o peso do próprio corpo. Patrícia é paulista, radicada no Recife há 11 anos, e teve diversas vivências em termos de esportes e exercícios físicos. Do balé ao surfe. Atualmente é professora de crossfit.
"Eu acho que as medidas devem ser respeitadas com relação ao coronavírus. A gente não sabe com o que está lidando, os cientistas estão estudando. Então, a gente tem mais é que respeitar, procurar se isolar mesmo. O momento é de focar em outras coisas. Tentar se ocupar, para não ficar vendo notícia triste, se preocupando com os parentes idosos. E aí eu treino. Estou treinando todos os dias em casa. Às vezes, eu mesma faço os meus treinos. Às vezes, eu sigo os treinos dos head coaches das duas boxes que eu trabalho: o Hítalo Moura e o Tuca Souza. Como eu sempre gostei de trabalhar com o peso corporal e já fiz isso em outros momentos da minha vida, está sendo legal", relatou.
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