Os profissionais de saúde foram surpreendidos com a convocação do Ministério da Saúde para atuar no combate à pandemia do coronavírus. A portaria no Diário Oficial da União, o "Brasil Conta Comigo - Profissionais de Saúde", publicada na quinta-feira, solicita o cadastramento de profissionais de 14 categorias. A notícia dividiu opiniões. De um lado, há profissionais que estão dispostos a ajudar diante da situação de calamidade pública do País. Em contrapartida, outros grupos argumentam que não foram preparados tecnicamente para confrontar uma pandemia.
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A professora de educação física Marília Folha destacou a importância de todos encararem uma situação extrema no Planeta. "Dentro da situação mundial, é importante que todos os principalmente os profissionais da área da saúde tenham ciência do que vai estar lidando. Como é algo novo, já existem algumas publicações em torno disso, mas ainda não temos muitas informações sobre o assunto. É interessante disponibilizar uma plataforma que a gente pode fazer essa atualização. A notícia inicialmente assustou todo mundo. Mas a gente está em um estado de calamidade. De alerta. Então, acho que temos que estar prontos para a guerra", comentou a profissional.
O Conselho Regional de Educação Física de São Paulo (Cref-SP) esclareceu que a convocação não levará os para os profissionais da área para o ambiente hospitalar. A capacitação servirá para preparar os professores no sentido de ter um aluno que enfrentou a Covid-19 e apresente sequelas da doença. "Achei pontual a publicação do Cref-SP, que tranquiliza os profissionais de educação física. A verdade a convocação não vai levar a gente para o âmbito hospitalar, nem para unidades de saúde. Mas que essa chamada é para capacitar o profissional sobre os protocolos de tratamento. Como educador físico a gente não trabalha tanto na área de prevenção e na área curativa. Então vai ser importante nessa questão", argumentou Marília.
1. capacitar os profissionais sobre os protocolos de tratamentos
2. capacitar os profissionais de saúde sobre as normas de biossegurança para que eles evitem se contaminar
3. formar um cadastro de profissionais interessados e capacitados a atuar dentro da sua linha de formação na recuperação dos indivíduos
As pessoas estão preocupadas com as condições de trabalho nos hospitais. Nas últimas semanas, profissionais que atuam na linha de frente no combate à Covid-19 relataram a falta de equipamentos de proteção individual (EPIs), fundamentais para o exercícios da profissão. As notícias assustam e deixam as categorias convocadas com medo do que podem encontrar.
"Fomos pegos de surpresa e achei muito polêmico e ao mesmo tempo preocupante. Alguns grupos de fisioterapeutas já se reuniram para discutir. A experiência de nossos colegas que trabalham em hospitais recai sobre queixas que faltam EPIs (equipamento de proteção individual). A falta de experiência em UTI (unidade de terapia intensiva).Vão recrutar pessoas não capacitadas? As pessoas não dominam a área e não há tempo hábil para se capacitar", argumentou um fisioterapeuta Layanne Ohara.
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