EMPREGOS E CARREIRAS

Veja como sair do desemprego e conquistar uma vaga de trabalho ainda em 2021

O JC ouviu especialistas, que indicam a direção a ser seguida para conquistar a tão almejada vaga

Marcelo Aprígio
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Marcelo Aprígio
Publicado em 12/09/2021 às 8:00 | Atualizado em 12/09/2021 às 9:00
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PERNAMBUCO Dados do IBGE mostram que no primeiro trimestre de 2022 o desemprego ficou em 17,0% - FOTO: LEO MOTTA/ACERVO JC IMAGEM
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Com o desemprego elevado no Brasil e em Pernambuco, situação agravada na pandemia, muitos trabalhadores seguem na batalha por um espaço no mercado de trabalho. Assim, dúvidas sobre onde procurar ou como se preparar para as melhores oportunidades estão entre as mais frequentes entre as pessoas que querem voltar a trabalhar ou está procurando a primeira oportunidade de emprego. Para ajudar quem está nesta situação, o JC ouviu especialistas, que indicam a direção a ser seguida para conquistar a tão almejada vaga.

Na avaliação de Renata Wanderley, especialista em Recursos Humanos e professora da Estácio, “preparação” é a palavra-chave para ingressar e permanecer empregado no mercado de trabalho, mesmo em momentos de crises. Para quem ainda está no ensino médio, a dica é buscar o quanto antes orientações para decidir por qual carreira enveredar, podendo ser por meio de palestras, orientação vocacional ou de uma simples conversa informal com um profissional da área. “Enquanto isso, vale adiantar cursos de idiomas e na área de informática, importantes independentemente da área de formação”, afirma Biazatti.

Aos que querem ingressar no mercado sem muita demora, a orientação é começar pelo estágio, seja por intermédio dos cursos profissionalizantes ou pela graduação. “A experiência é válida ainda que voluntária, tanto graças aos novos conhecimentos como por ser porta para uma vaga efetiva”, pontua Andréa Biazatti, especialista em Gestão de Pessoas e professora do Unit-PE. “Se não for mais possível essa etapa, o indicado é continuar se qualificando até a vaga de ouro aparecer, seja com cursos de longa ou curta duração, especialização, MBA ou até mesmo um mestrado ou doutorado”, emenda.

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EMPREGO | Especialista em Gestão de Pessoas e consultora de RH Andréa Biazatti - ACERVO PESSOAL

Caso o problema seja financeiro, Andréa recomenda cursos à distância gratuitos com certificado reconhecido, como o da Fundação Bradesco, FGV, USP e Senac. A ideia é nunca ficar parado. “Hoje, o mercado sofre mudanças aceleradas. Quando você pensa que se preparou e está bem, é bombardeado por novas demandas de qualificação e tecnologia. O aprendizado é contínuo", explica.

Onde encontrar as vagas?

De acordo com Renata, na busca por emprego, muitas pessoas enfrentam dificuldades porque não sabem por onde começar ou localizar as vagas existentes no mercado. "No geral, as vagas estão no Sistema Nacional de Empregos (Sine), tanto estadual como municipal, que disponibilizam cargos para nível médio e superior", destaca.

Há ainda sites gratuitos ou agências de recrutamento que fazem essa intermediação e, na atualidade, as redes sociais vêm como ferramenta para divulgação, seja com grupos voltados apenas para essa finalidade, por meio de indicação dos amigos ou até mesmo com publicação da própria empresa detentora da vaga.

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EMPREGO | Renata Wanderley, especialista em Recursos Humanos e professora da Estácio - ACERVO PESSOAL

A especialista explica que quem busca emprego precisa estar atento e conectado aos sites: vagas.com, Infojobs e LinkedIn. As buscas de recrutadores ocorrem por meio desses e de outros canais de divulgação. Renata Wanderley deixa conselhos valiosos para quem tenta colocação no mercado de trabalho. O principal deles é ser consciente das próprias limitações e fraquezas. “A partir disso, fica mais fácil filtrar e encontrar oportunidades que têm relação com o perfil do candidato.”

O currículo

O primeiro contato com o empregador, geralmente, é pelo currículo. Para impressionar e mostrar ser o candidato perfeito para o cargo é preciso fazer um modelo adequado para cada vaga, a começar pelos objetivos. De forma breve e concisa, ponha qual área gostaria de assumir na empresa. Uma frase é suficiente. Aliás, o currículo todo deve ser bem sucinto, no máximo com duas páginas e com apenas as informações profissionais voltadas para a área almejada. É o que explica o mentor de carreiras Flávio Mendes. “Nada de colocar que fez curso de crochê, por exemplo, para tentar uma vaga na área financeira”, diz ele.

Além das formações e experiência, a inteligência emocional e habilidades comportamentais ganham, cada vez mais, relevância nos recrutamentos, e há explicação para isso. “Com o avanço das tecnologias digitais, que permeiam o cotidiano do trabalho, empresas requerem, com mais frequência, profissionais dispostos a mudanças”, afirma Andréa Biazatti. Assim, muitas vezes, um empregador vai preferir pessoas com menos habilidades técnicas, porém mais flexíveis.

As chamadas soft skills, ou habilidades interpessoais, são as que mais pesam na hora da contratação, de acordo com Renata Wanderley. “Competências comportamentais são as mais relevantes na entrevista, como flexibilidade, capacidade relacional, comunicação, autoconhecimento, atitude positiva, inteligência emocional, trabalho em equipe, pensamento crítico, integridade e etc”, destaca.

Na entrevista

Não adianta ter uma boa bagagem profissional e as habilidades necessárias, mas perder a vaga por uma vestimenta mal escolhida ou frase mal colocada durante a entrevista. A dica é preparar-se bem para a ocasião, buscar informações sobre a empresa, inclusive sobre a média de salário para o seu cargo, no caso de perguntarem sobre pretensão salarial.

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EMPREGO | Flávio Mendes, mentor de carreiras - ACERVO PESSOAL

"É indicado que você tenha noção, mas que esteja aberto para negociação", pontua Flávio Mendes. Mas, nunca diga um valor abaixo do que realmente está disposto a aceitar ou se manter no emprego com esse salário. "Se você acabar pedindo para sair, causa inclusive problemas na sua carteira. Em uma próxima seleção vão perguntar porque você durou tão pouco tempo naquela vaga", acrescenta.

Além disso, o especialista explica que, apesar de as entrevistas estarem ocorrendo de forma on-line, sobretudo na pandemia, é preciso entender que esse é um ambiente profissional. “É essencial o cumprimento do horário e entender que, mesmo a distância, aquela é uma relação profissional.”

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