"Não deixe o sambar morrer" é um mantra válido até em tempos de coronavírus. O Samba da Quarentena é um bom exemplo disso. Reunindo mais de 30 artistas, entre flautistas, cantores e violinistas, Luísa Toller produziu uma belíssima canção do gênero para enfrentar os tempos difíceis.
Divulgado nas redes sociais, o Samba da Quarentena une em vídeo artistas cantando e tocando a composição dentro de suas casas. Nos versos, "o samba continua" é a tônica para a resistência de uma comunidade frente as dificuldades dos cancelamentos de shows e fechamentos de casas artísticas.
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"Nossos shows, gravações e lançamentos foram cancelados. Como a gente sobrevive com isso? O mais importante que vem acontecendo são essas lives, que vem unindo os artistas. E o samba sempre teve esse cunho político muito grande. Principalmente nesse sentimento de estarmos todos juntos. É uma roda de união de pessoas, um coreto, juntando todos em um mesmo tom", diz Bruna Alimonda, uma das participantes da composição.
Os cuidados contra os perigos da infecção também estão presentes nas letras. "Cada um na sua/ Todo mundo ensimesmado/ Cada um no seu quadrado", diz um trecho.
Nas últimas duas semanas, o coronavírus foi pauta para artistas e anônimos de diversas partes do mundo se debruçarem sobre os cuidados contra o vírus através de músicas.
A rapper norte-americana Cardi B foi um dos primeiros alvos da internet: trechos de uma série de vídeos que ela publicou sobre o Covid-19 acabaram virando fonte de remixes, com versões que já vão do pagode ao funk. A dupla Shevchenko & Elloco, inclusive, lançou uma versão brega-funk.
No Brasil, o grupo baiano La Fúria lançou a música Senta no Álcool em Gel. O grupo é o mesmo responsável pela música Fábio Assunção, por exemplo. Já o DJ Pedro Sampaio criou o remix em cima da canção Lavar As Mãos, cantada na voz de Arnaldo Antunes.
Na primeira semana de março, o site Quartz divulgou um levantamento de que já haviam 65 músicas no Spotify com coronavírus no título.