Em uma noite histórica, com números astronômicos de votação e audiência, 56,73% de um universo de 1.532.944.337 votos levaram a eliminação de Felipe Prior na noite desta terça-feira (31), no BBB20, da TV Globo. O arquiteto disputou a preferência do público com a cantora Manu Gavassi, que levou 42,51% dos votos e com Mari Gonzalez que, elevada a mega figurante neste décimo Paredão, levou apenas 0,76% dos votos.
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São números irreais onde, inevitavelmente, humanos e robôs entraram numa briga desenfreada que envolveu até jogadores de futebol e celebridades em todas as redes sociais. Tudo porquê, neste paredão triplo, Mari foi plateia para ver a disputa "homérica" entre Felipe Prior e Manu Gavassi. Ou Mickey e Minnie, como o apresentador Tiago Leifert fez questão de apelidar.
Muitas dicotomias foram levantadas para justificar essa avalanche surreal de votação: O Machista X A Feminista, O Maluco X A Zen, O Reflexo da Direita X Uma Representante Histérica da Esquerda, O Descontrolado X A Brincalhona, O Jogador X A Que Vive Numa Disney, O Mimado X A Metida… Não importa. O lance é que o público resolveu levar tudo a ferro e fogo, de maneira exacerbada e um tanto desnecessária. Afinal, é um programa de TV, oras. Tudo não passou de um show muito bem orquestrado pelo diretor Boninho e cia.
Mas o final da história foi mais que justo. Que me perdoem os simpatizantes do eliminado, mas Prior tinha muito mais razão para ser o décimo participante a deixar o programa. Sim, Manu não é 100% "fada sensata". Teve seus erros e tropeços, mas talvez, não seria esse o momento para ela ir embora. Ainda.
A descrição de Tiago Leifert sobre "o paredão de gigantes" foi cirúrgica: além de mencionar o quanto são opostos na personalidade e na visão de jogo, algo faltava nos dois. "Falta a Manu o sangue quente do Prior. E falta ao Prior a frieza da Manu", disse o anfitrião.
A partir de agora, que o programa chega à sua reta final, ainda é cedo para determinar um campeão. Favoritos, sempre tem. Mas cabe agora aos confinados avaliarem bem o cenário exposto hoje e fazer disso uma boa lição para tentar ver o pódio mais de perto. "Tenham a coragem que o BBB necessita. Não se ganha o BBB por omissão", bradou Leifert aos jogadores, em um dos discursos de eliminação mais bem elaborados de sua trajetória de quatro edições no comando do reality.
O fato é que, em paredão de Mickey e Minnie, não dá para se enxergar um pote de ouro neste mundo mágico da casa mais vigiada do País. É necessário sangue nos olhos dos participantes, mas também tem que ter frieza. A jornada do herói (ou da heroína, já que as mulheres ali são a maioria) ainda é longa para determinar se, no fim, haverá vitória ou derrota. BBB não é um jogo de querer, é um jogo de merecer.
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