Itaú Cultural e o Oceanos — Prêmio de Literatura em Língua Portuguesa divulgaram nesta quinta-feira (16) os números totais da edição 2020. As inscrições foram encerradas no último dia 4 de abril e agora autores de 1.872 obras devem aguardar até agosto, quando serão divulgados os 50 semifinalistas. O número de inscritos é um recorde na história da premiação (veja a lista completa aqui).
Alguns autores pernambucanos, como Adelaide Ivánova (13 Nudes), Raimundo Carrero (Colégio de Freiras), Samarone Lima (Cemitério Clandestino), Cida Pedrosa (Solo Para Vialejo), Andrea Nunes (Jogo de Cena) ou Cleyton Cabral (Planta Baixa), integram a lista. O número de editoras inscritas - dentre elas a Companhia Editora de Pernambuco (Cepe) - totaliza 450, o maior entre todas as edições do prêmio. Neste ano, as edições do próprio autor somam 162 livros, representando 8,6% do total das inscrições.
Com 400 livros a mais do que na edição anterior, o Oceanos 2020 recebeu inscrições de escritores de 11 nacionalidades – Angola (com 11 livros), Argentina (2), Áustria (1), Benin (1), Brasil (1.574), Cabo Verde (7), Espanha (4), Moçambique (10), Peru (1), Portugal (156) e Uruguai (2) –, além de 2 luso-angolanos e 2 luso-brasileiros – todos escrevendo e publicando originalmente em língua portuguesa, principal critério do prêmio.
Entre as categorias avaliadas pelo Oceanos, poesia – com 849 livros – corresponde a 45,4% das inscrições; os romances somam 588 obras e representam 31,4% do total; os livros de contos – 289 inscrições – perfazem 15,4%, seguidos por 109 volumes de crônicas – 5,8% – e 37 obras de dramaturgia – 2%. Todos os livros concorrem entre si, uma vez que o Oceanos elege as três melhores obras publicadas no ano anterior ao da premiação sem distinção de gênero literário.
Na edição do ano passado, três mulheres foram as vencedores do Oceanos. Nara Vidal, com seu romance Sorte; Dulce Maria Cardoso, com a ficção Eliete; e Djaimilia Pereira de Almeida, com seu segundo livro, Luanda, Lisboa, Paraíso.
Nesta primeira fase, um júri composto por 88 profissionais — professores de literatura, críticos literários, escritores, poetas e jornalistas de Angola, Brasil, Cabo Verde, Moçambique e Portugal — lê e avalia as obras inscritas para escolher os 50 semifinalistas, que serão divulgados em agosto. Os jurados também elegem, entre si, os 14 membros dos júris das etapas subsequentes. Sidney Rocha, escritor cearense radicado em Pernambuco, é o único representante do Estado no corpo de jurados.
Na segunda etapa, o júri intermediário — formado por sete profissionais de pelo menos duas nacionalidades — será responsável por escolher os 10 finalistas entre os semifinalistas. Na terceira e última etapa, o júri final — formado por outros sete profissionais de pelo menos duas nacionalidades — será encarregado da decisão dos três vencedores. O valor total do prêmio desta edição soma R$ 250 mil: o livro vencedor receberá R$ 120 mil; o segundo colocado, R$ 80 mil, e o terceiro, R$ 50 mil.