A Justiça britânica autorizou o ator americano Johnny Depp, nesta quinta-feira (2), a processar o tabloide inglês "The Sun" por difamação, após ser retratado como um marido violento.
A estrela de Hollywood, de 57 anos, acusou o jornal britânico e seu proprietário, o News Group Newspapers (NGN), de apresentar a notícia como um fato comprovado, em uma matéria publicada em abril de 2018. O texto afirma que ele havia agredido sua então esposa, a atriz americana Amber Heard.
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O casal se divorciou no início de 2017, pouco mais de um ano depois do casamento. Amber, de 34, denunciou "anos" de violência "física e psicológica" - o que Depp sempre negou.
O julgamento começa na próxima terça-feira, no Tribunal Superior de Londres, e terá como testemunhas o ator e suas ex-companheiras - a americana Winona Ryder e a francesa Vanessa Paradis -, que lhe deram seu apoio.
Inicialmente prevista para meados de março, a audiência foi adiada, devido à pandemia de COVID-19. O processo deverá durar várias semanas.
Até o último minuto, os advogados da NGN tentaram anular o processo de difamação por parte do tribunal. Argumentaram, em particular, que Johnny Depp havia violado uma ordem judicial, que exigia que ele lhes enviasse uma série de mensagens de texto, nas quais ele estaria pedindo drogas à seu assistente.
Depois de verificar na segunda-feira que a ordem para revelar as mensagens realmente não havia sido cumprida, o juiz Andrew Nicol isentou Depp das sanções na quinta-feira, permitindo que o julgamento siga adiante.