O Centro Cultural dos Correios (CCC) no Recife, histórico prédio localizado no coração da capital pernambucana, no Bairro do Recife, será vendido, conforme anúncio desta terça-feira (11). Localizado no número 262 da Avenida Marquês de Olinda, a construção do início do século passado foi adquirida pelo então Departamento de Correios e Telégrafos – DCT em 1921 para ser a sede dos Correios em Pernambuco. A agência, no entanto, já havia encerrado suas atividades em 2019. Além desta edificação, entram no rol do "Feirão de Imóveis" pelo o menos outras cinco propriedades da estatal, consideradas pela empresa como "ociosas e subutilizadas".
Devido a pandemia da covid-19, a unidade estava com as atividades suspensas desde março. Antes, recebia visitantes de terça-feira a sexta-feira, das 9h às 18h, e aos sábados e domingos, das 12h às 18h, com entrada gratuita. A edificação, que tem linguagem arquitetônica influenciada pelo classicismo francês, conta com cinco pavimentos e dispõe de seis salas de exposição, auditório, restaurante (bistrô), sala com peças históricas e uma agência postal.
A venda dos imóveis no Recife, em Salvador (Bahia), Itaparica (Bahia), Porto Alegre (Rio Grande do Sul), São José do Rio Preto (São Paulo), Brasília (DF), dentre outros não especificados pelos Correios, faz parte do programa de otimização da carteira imobiliária do grupo e visa, além da redução de gastos com a manutenção de prédios e arrecadação de recursos para investimento na própria empresa. A empresa também prepara a alienação de mais outros 100 imóveis localizados em vários Estados do país, que devem ser anunciados até o dia 31 de outubro.
O CCC no Recife foi inaugurado em 2009 e fazia parte, até 2014, de um movimentado circuito de artes no bairro, composto ainda pelo Santander Cultural, que fechou definitivamente meses antes, e pela Caixa Cultural, a única ainda funcionamento. Em 2014, fechou as portas para reforma de problemas pontuais. O que deveria ser apenas uma reforma rápida, avaliada em R$ 2 milhões, para promover melhorias na climatização, fachada e em alguns espaços internos, se prolongou até 2017, quando o espaço voltou a funcionar por meio de cessão. Dois pavimentos foram abertos ao público: o térreo, que conta com uma sala de exposição, e o primeiro andar, onde ficavam a Sala Histórica dos Correios e uma área na qual podem ser realizados lançamentos.
A estatal informou que os interessados em participar das licitações devem recolher caução e apresentar as propostas, em envelopes fechados, que serão abertos apenas na data marcada. O acesso aos editais e demais informações sobre cada certame estão disponíveis na página dos Correios. A expectativa é captar cerca de R$ 344 milhões com as alienações.
Há possibilidade de conhecer os prédios, terrenos e apartamentos à venda por fotos e vídeos, além de agendar visitas presenciais. Para cada imóvel será divulgado um edital de licitação, contendo o preço mínimo e outros detalhes.