CANCELAMENTO

Karol Conká: 'Grande desafio foi seguir sendo vigiada'

O doc sobre a sister - com maior rejeição do BBB - estreou no Globoplay

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Estadão Conteúdo

Publicado em 30/04/2021 às 12:11 | Atualizado em 30/04/2021 às 12:35
DEU RUIM Karol foi eliminada com a maior rejeição da história do reality, 99% - FÁBIO ROCHA/GLOBO
O documentário A Vida Depois do Tombo estreou nesta quinta-feira, 29, na Globoplay. O longa mostra a história de Karol Conká antes, durante e depois do Big Brother Brasil 21, onde ela teve uma rejeição recorde de 99,17% dos votos.
Ao longo de quatro episódios, a produção coloca a cantora cara a cara com momentos dramáticos de sua passagem pelo reality show da Globo, propondo um convite ao reencontro com ex-participantes que marcaram a sua trajetória no programa.
A série documental também exibe momentos da infância e adolescência da artista, em Curitiba com a família, e o começo de sua carreira, com a chegada do filho Jorge. Para mostrar todos os lados de sua personalidade, o documentário conta com entrevistas de mais de vinte pessoas do convívio de Karol.
"Fazer o documentário foi tão desafiador quanto recompensador. O grande desafio foi seguir sendo 'vigiada' depois de tanta exposição, num período em que eu ainda estava no processo de compreensão das razões por trás do meu comportamento no BBB e entendendo o tamanho e a natureza da repercussão pública em torno dele", disse a cantora ao Estadão.
"Mas, ao ver o resultado final, acredito que o esforço valeu a pena, pois essa é uma oportunidade de, em tempos de cancelamento, relembrar que somos muito mais complexos do que um reality show é capaz de mostrar", acrescentou ela.
Com direção geral de Patricia Carvalho, a equipe de "A Vida Depois do Tombo" acompanhou intimamente a nova realidade da cantora por mais 20 dias, após a sua saída do programa, mostrando os bastidores da retomada de seus projetos profissionais e pessoais.
"É uma oportunidade de falar sobre a cultura do cancelamento, sobre o ?efeito manada?: a vibração de todo mundo odiar alguém ao mesmo tempo. O que move isso? Que emoções são essas? O que temos em nós que nos faz desejar tão mal a uma pessoa ao ponto de ser até mais malvada que a própria pessoa que estamos condenando?", questiona a diretora.
Em meio a rejeição fora da casa, Conká ainda revelou que teve dificuldades de assistir sua participação no BBB, durante as gravações do documentário. "Demorou alguns dias para ter a dimensão de tudo e ainda estou absorvendo muito do que aconteceu lá dentro. Ao assistir as imagens da minha passagem pela casa, me senti assustada e muito decepcionada com as minhas próprias atitudes."
Depois da experiência, a rapper afirma que está cuidando da sua saúde mental e pretende dar continuidade na carreira musical. "Tenho trabalhado na cura dos meus traumas. Estou dissolvendo camadas mais ásperas da minha personalidade e entendendo que existem maneiras mais leves de lidar com uma situação que me faça sentir insegura ou ameaçada", explicou ela.
"Vou me cuidar, transformar experiências em aprendizados, e aprendizados em arte. Terminei de compor meu próximo álbum, que já havia começado antes de entrar no programa. Pretendo lançar um single antes do álbum, que pode ser lançado ainda esse ano", revelou.

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