Um caminhão-museu ficará estacionado no Parque Dona Lindu, no Recife, com a exposição "Itinerários da Independência", a partir deste domingo (20).
A mostra terá entrada gratuita e ficará aberta ao público até a quarta-feira (23). Os horários de visitação serão das 14h às 19h, no domingo (20); e das 10h às 18h, entre os dias 21 e 23.
Desenvolvido pelo Projeto República - UFMG, a exposição "Itinerários da Independência" usa diferentes recursos expográficos, audiovisuais e bibliográficos para contar a história dos vários projetos e conflitos políticos que existiram em torno da Independência do Brasil.
Vista do Rio de Janeiro, a Independência concebeu a ideia de Império. Um meio eficaz de manter a unidade territorial da antiga colônia, concentrar poder e preservar a escravidão – criou a matriz de configuração do Estado brasileiro. Mas não foi o nosso único projeto de Independência.
Em 1817, Pernambuco abriu o ciclo revolucionário da Independência. Sustentou um programa de emancipação libertário e radical: federalista, republicano e voltado para a garantia do princípio de autogoverno provincial.
O ciclo revolucionário da Independência se estendeu até 1824, com a Confederação do Equador. É a nossa outra Independência, como definiu o historiador Evaldo Cabral de Mello.
No Sul, a Banda Oriental já enfrentava uma conjuntura de guerra antes mesmo de ser incorporada ao Reino do Brasil, tornando-se a província Cisplatina (atual Uruguai).
Na Bahia, uma guerra contra as tropas portuguesas dominou o cenário da Independência e se estendeu até 1823. No Piauí, numa das batalhas mais sangrentas da Independência, 200 brasileiros foram mortos a tiros de canhão, no leito seco do rio Jenipapo. O Grão-Pará e o Maranhão recusaram a Independência. Seu projeto político defendia permanecer na condição de Reino Unido a Portugal e Algarves.
Conheça o Caminhão-Museu
1. Uma sala de cinema com projeções de vídeos curtos, como videoanimações, sobre o tema da Independência.
2 Uma sala de realidade virtual onde o visitante poderá ser fotografado participando de dois momentos históricos destes itinerários.
3. Biblioteca equipada com livros e HQs sobre a Independência, além de oito computadores, onde o visitante poderá escutar podcasts e acessar ao site Itinerários Virtuais da Independência – realização da UFMG em conjunto com a Comissão Especial Curadora do Bicentenário da Independência do Brasil no Senado Federal.
4. Onze painéis com reproduções de obras de artistas, brasileiros e estrangeiros – inclusive contemporâneos. Estes painéis remetem a eventos emblemáticos destes itinerários nas diferentes províncias e nas Independências das Américas que, de alguma maneira, tiveram ressonância no Brasil.
5. Painéis instagramáveis com dois personagens exemplares da luta pela Independência no Brasil.
6. Vira-Vira "As mulheres que estavam lá".
Dá protagonismo às mulheres envolvidas nas lutas, como Hipólita Jacinta Teixeira de Melo, Bárbara de Alencar, Ana Maria José Lins, Maria Felipade Oliveira, Maria Clemência da Silveira Sampaio, Maria Quitériade Jesus e Imperatriz Leopoldina.