Com Agência Estado
O ator Pedro Paulo Rangel morreu na madrugada desta quarta-feira (21), às 5h40, no Rio de Janeiro. Ele tinha 74 anos e estava internado desde o dia 30 de outubro, na Clínica de Saúde São José, por complicações causadas por um enfisema pulmonar.
A informação foi confirmada pela hospital. Em maio, ele revelou que desde 2002 enfrentava uma doença pulmonar crônica, causada, segundo ele, por cigarro.
PEDRO PAULO RANGEL DOENÇA: Conheça a doença que causou a morte de PEDRO PAULO RANGEL
No início dos anos 2000, Pedro Paulo Rangel descobriu que tinha desenvolvido a DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica).
Em maio de 2022, Pedro Paulo Rangel falou sobre sua condição de saúde ao jornal O Globo: "tenho uma doença crônica, DPOC causada pelo cigarro. Isso absolutamente não me impede de trabalhar. Eu tomo remédios, tenho uma rotina. Faço fisioterapia. Eu só não posso andar muitos metros, não consigo, me dá falta de ar. Mas no palco eu ando perfeitamente".
Essa é uma doença pulmonar que obstrui as vias aéreas, tornando a respiração difícil. Os principais sintomas da DPOC são falta de ar aos esforços, que pode progredir até para atividades corriqueiras como trocar de roupas ou tomar banho; pigarro, tosse crônica, tosse com secreção e que piora pela manhã são sintomas comuns.
"Esse corre-corre todo de grava programa, filma, faz teatro, agravou, e muito, aspectos da minha doença. Não é culpa de ninguém, a não ser minha, exclusiva. Fui um fumante heavy durante mais de 30 anos. Cheguei a fumar três maços de cigarro por dia. Quando bebia, fumava mais".
PEDRO PAULO RANGEL MORREU
Em "O Samba e o Fado", Pedro Paulo relatava que teve problemas com álcool e cigarro ao longo de boa parte da vida. Chegou, inclusive, a usar substâncias mais pesadas, que não especificou: "Consegui sair das drogas de um dia para o outro. O medo da morte falou mais alto. Eu sabia que estava me destruindo. A droga só durou um ano em minha vida".
O primeiro trago em um cigarro lhe marcou a memória. Foi da marca Capri, no Bar Berengo, que ficava na rua Haddock Lobo.
Rangel tinha 16 anos de idade. Em 1998, sentiu que os mais de 60 cigarros que fumava diariamente estavam destruindo sua voz e seu fôlego, não só em cena, mas no dia a dia, e arremessou seus maços e o isqueiro pela janela de um taxi. No ano seguinte, parou com o álcool.
"Comecei a beber socialmente, mas progressivamente a minha adicção tornou-me totalmente antissocial", refletia.