Com informações da Estadão Conteúdo
O ator Pedro Paulo Rangel morreu nesta quarta-feira (21), no Rio de Janeiro, aos 74 anos.
Dono de vasta carreira na TV e no teatro, Pedro Paulo Rangel ficou marcado por papéis como Poliana, amigo de Regina Duarte em Vale Tudo (1988) e Calixto, conselheiro de Petruchio (Eduardo Moscovis) em O Cravo e a Rosa (2000).
CAUSA DA MORTE DE PEDRO PAULO RANGEL
Pedro Paulo Rangel estava internado desde o dia 30 de outubro, na Clínica de Saúde São José, no Rio, por complicações de um enfisema pulmonar.
No mês de maio deste anos, Pedro Paulo Rangel revelou que desde 2002 enfrentava uma doença pulmonar crônica, causada, segundo ele, por cigarro.
Em O Samba e o Fado, livro escrito por Tania Carvalho que conta sua carreira, Pedro Paulo Rangel relatou que teve problemas com álcool e cigarro ao longo de boa parte da vida.
"Consegui sair das drogas de um dia para o outro. O medo da morte falou mais alto. Eu sabia que estava me destruindo. A droga só durou um ano em minha vida", disse.
CARREIRA DE PEDRO PAULO RANGEL
Ator de teatro, cinema e televisão, Pedro Paulo Rangel integrou os tempos do Teatro Oficina, em São Paulo, participando de montagens históricas de José Celso Martinez Corrêa nos anos 1960, como Roda Viva e Galileu Galilei.
O ator venceu todos os prêmios que o leitor possa imaginar. Molière, Shell, Mambembe, Candango (no Festival de Brasília), Governador do Estado.
Em 1972, o ator estreou nas novelas e não parou mais. Em 1975 fez história protagonizando o primeiro nu masculino da TV brasileira na Gabriela que Walter George Durst adaptou do romance de Jorge Amado, com Sonia Braga como a retirante que cheirava a cravo e canela.
Apesar da origem teatral, adaptou-se muito bem ao naturalismo das telenovelas e séries globais, mas era melhor ainda em trabalhos que exigiam composição, como Calixto.
No cinema, onde estreou em 1970, emendou Orgia ou O Homem Que Deu Cria com Como Era Boa a Nossa Empregada, no episódio Lula e a Copeira.
Pedro Paulo Rangel brilhou fazendo personagens como Salustiano, Dom Jayme e Seu Juquinha, sempre um tom acima. É preciso muito controle para acertar nessas circunstâncias. Pedro Paulo Rangel acertava.
Muitas vezes, o papel do artista era de coadjuvante, o que não o impedia de roubar a cena.