A Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais anunciou nesta semana a lista com todos os 28 longas-metragens que estão aptos a disputarem uma indicação à vaga na categoria Melhor Filme Internacional no Oscar 2024. O documentário "Retratos Fantasmas", de Kleber Mendonça Filho, está presente na seleção.
O longa é fruto de sete anos de trabalho e pesquisa, filmagens e montagem, e traz o centro da cidade do Recife como personagem principal, sendo um espaço histórico e humano, revisitado através dos grandes cinemas que serviram como espaços de convívio durante o século 20.
As reuniões da Comissão de Seleção acontecerão em duas etapas: dia 05 de setembro de 2023, terça-feira, quando serão selecionados seis títulos entre os inscritos, e a reunião final, no dia 12 de setembro de 2023, terça-feira, para a escolha do título que representará o Brasil na disputa por uma vaga na categoria Melhor Filme Internacional no Oscar 2024.
Este ano, a Comissão de Seleção é formada por Affonso Beato, Alessandra Krueger, Andre Carreira, Ane Siderman, Carlos Alberto Mattos, Cecilia Amado, Clarisse Goulart, Cristiana Rodrigues Cunha, Diane Maia, Estevão Ciavatta, Fernanda Parrado, Gabriel Martins, Hsu Chien, Ilda Santiago (presidente), João Vieira Jr., Magali Wistefelt, Michel Tikhomiroff, Plínio Profeta, Renato Barbieri, Sol Moraes, Tatiana Carvalho Costa, Virginia Cavendish e Walter Lima Junior.
Confira a lista de filmes habilitados:
- "A Primeira Morte de Joana", de Cristiane Oliveira
- "Angela", de Hugo Prata
- "Chef Jack, O Cozinheiro Aventureiro", de Guilherme Fiuza Zenha
- "Elis & Tom, Só Tinha de Ser com Você", de Roberto de Oliveira
- "Estranho Caminho", de Guto Parente
- "Jair Rodrigues - Deixa que Digam", de Rubens Rewald
- "Mais Pesado é o Céu", de Petrus Cariry
- "Medusa", de Anita Rocha da Silveira
- "Ninguém é de Ninguém", de Wagner de Assis
- “Noites Alienígenas", de Sergio de Carvalho
- “Nosso Sonho”, de Eduardo Albergaria
- “O Alecrim e o Sonho”, de Valerio Fonseca
- “O Espaço Infinito”, de Leo Bello
- “O Faixa Preta - A Verdadeira História de Fernardo Tererê”, de Caco Souza
- “O Homem Cordial”, de Ibere Carvalho
- “O Mestre da Fumaça”, de André Sigwalt e Augusto Soares
- “O Rio do Desejo”, de Sergio Machado
- “Pedágio”, de Carolina Markowicz
- “Perdida”, de Luiza Shelling Tubaldini
- “Perlimps”, de Alê Abreu
- “Raquel 1:1”, de Mariana Bastos
- “Regra 34”, de Julia Murat
- “Retratos Fantasmas”, de Kleber Mendonça Filho
- “Segundo Tempo”, de Rubens Rewald
- “Sinfonia de um Homem Comum”, de José Joffily
- “Tia Virginia”, de Fabio Meira
- “Tração”, de André Luís
- “Urubus”, de Claudio Borrelli
Retratos Fantasmas em festivais
"Retratos Fantasmas" teve sua estreia mundial em maio, no Festival de Cannes na seleção Special Screening, e já conta com conta com mais de 30 convites para Festivais Internacionais de cinema com exibições já cumpridas em Munique, na Alemanha, Sydney e Melbourne, na Austrália.
O filme é fruto de sete anos de trabalho e pesquisa, filmagens e montagem, e traz o centro da cidade do Recife como personagem principal, sendo um espaço histórico e humano, revisitado através dos grandes cinemas que serviram como espaços de convívio durante o século 20.
O prestigiado NYFF – New York Film Festival, que será realizado em setembro e outubro no Lincoln Center, também anunciou a seleção de "Retratos Fantasmas" na categoria "Main Slate" – a seleção principal do festival.
O festival não é competitivo, pois é centrado em torno do "Main Slate", com espaço para cinema experimental e retrospectivas, e introduziu recentemente seções de documentários e transmídia.
Apesar disso, esse é um dos últimos festivais antes da temporada de premiações. Assim, estrear em Nova York é uma força a mais para ganhar os votos dos críticos e especialistas em campanha para premiações como o Oscar. Todo ano em suas seleções tem pelo menos dois futuros filmes nomeados a melhor filme. Também é porta de entrada nos Estados Unidos para filmes lançados nos festivais de Berlim, Cannes e Veneza.
"Com a carreira que 'Retratos Fantasmas' vem construindo, e com o que ainda será divulgado fora do Brasil, creio que devemos submeter o filme como representante do país no Oscar. Faz parte do trabalho e vamos onde o filme vai", diz Emilie Lesclaux.