Parada LGBTQIA+

Em busca de patrocínio, 28ª edição da Parada LGBTQIA+ do Rio de Janeiro é adiada; confira nova data

No ano passado, a manifestação foi realizada em 27 de novembro e contou com dez trios elétricos

Cadastrado por

Felipe Fernandes

Publicado em 05/09/2023 às 17:34 | Atualizado em 05/09/2023 às 17:39
Há paradas da diversidade por várias cidades, como no Rio de Janeiro - Tânia Rêgo/Agência Brasil

A Parada LGBTQIA+ do Rio de Janeiro, realizada desde 1995 na Avenida Atlântica, na Praia de Copacabana, foi remarcada para 19 de novembro. 

O anúncio oficial foi divulgado nesta semana pelo Grupo Arco-Íris de Cidadania LGBTI+, organizador do ato.

Programação divulgada no ano passado chegou a prever a manifestação deste ano para 24 de setembro, mas a nova data foi anunciada em um comunicado que destaca que os organizadores ainda buscam mobilizar patrocinadores para a realização do evento.

EM BUSCA DE PATROCÍNIO

Rio de Janeiro, 25/06/1995 - Marcha pela Cidadania, Av. Atlântica, Copacabana. Foto: Claudia Ferreira / Memória e Movimentos Sociais - Claudia Ferreira©

O Grupo Arco-Íris afirma que já está acertado o patrocínio da Prefeitura do Rio de Janeiro, por meio da Coordenadoria de Diversidade Sexual, e acrescenta que ainda busca apoio do setor privado, dos governos estadual e federal.

"Estamos buscando o patrocínio do governo do estado do Rio de Janeiro, através do Programa Rio Sem LGBTIfobia da Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, do governo federal e do setor privado para conseguirmos os recursos que permitam a realização da 28ª Parada do Orgulho LGBTI+ Rio e sua programação oficial nos eixos da saúde, cultura e cidadania, com ações em diversos centros culturais durante o mês de novembro e na orla de Copacabana durante o dia da Parada LGBTI+ Rio", informa o Grupo Arco-Íris.

A parada LGBTQIA+ do Rio é considerada a primeira do país e chega neste ano à 28ª edição.

Além da liberdade para pessoas de diferentes orientações sexuais e identidades de gênero, o protesto também contou com alas temáticas sobre a preservação da Amazônia e do meio ambiente, além de homenagem às vítimas da covid-19.

IMPACTO ECONÔMICO 

O superintendente de Direitos Individuais, Coletivos e Difusos, Cláudio Nascimento, durante a posse dos novos integrantes do Grupo de Trabalho de Enfrentamento à Intolerância Religiosa no Rio (Tomaz Silva/Agência Brasil) - Tomaz Silva/Agência Brasil

Presidente do Grupo Arco-Íris, Cláudio Nascimento destaca que a parada do Rio de Janeiro serviu de inspiração para outros atos pelo país e tem forte impacto econômico.

"É o terceiro maior evento do estado do Rio de Janeiro em matéria de turismo, e, em número de pessoas, o segundo maior evento LGBT do país. A parada mobiliza uma estrutura bem grande", diz Nascimento, ao explicar o porquê do adiamento de setembro para novembro. "Para terminar alguns diálogos que viemos fazendo com o governo do estado, o governo federal e o setor privado, achamos mais adequado transferir, para garantir a estrutura para o evento, que leva 1,2 milhão de pessoas a Copacabana."

Nascimento argumenta que é preciso avançar no entendimento de que a Parada LGBTQIA+ do Rio de Janeiro tem importância econômica e social. Ele compara que, em São Paulo, mesmo com divergências, governo do estado e prefeitura considera, a parada estratégica para a cidade.

"A gente ainda não tem a contrapartida adequada para o tamanho do evento. É necessário avançar mais", afirma ele, que também chama o setor privado a colaborar com a comunidade para além das ações no mês do orgulho LGBTQIA+. "A gente quer que as empresas, além de se posicionarem, invistam de verdade nos eventos, para que a gente possa contribuir para avançar a cidadania da comunidade. Posicionamento é importante, mas é preciso investimento."

Com informações da Agência Brasil.

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