As artesãs de Passira, no Agreste de Pernambuco, estão habituadas a transformarem em suas mãos a linha nos bordados - considerados patrimônio cultural da cidade. Agora, durante a pandemia do novo coronavírus, as bordadeiras têm se ocupado com a confecção de outra peça: máscaras.
Maria José Lima, de 52 anos, costura há 30. Além de produzir os itens tão requisitados nesses tempos, ela também incentiva e ensina outros a fazê-los. A ideia surgiu ao ver que as máscaras estavam em falta nas farmácias.
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“Foi a necessidade. Nós todos precisamos nos proteger. Quando eu vi o ministro da Saúde dando a ideia, já estava fazendo", explicou. Até agora já vendeu mais de cem máscaras. “Faz pouco tempo que comecei”, explicou. De algodão, estampadas e forradas, sai a R$ 6 a unidade.
Já Odete Cavalcante, 58, começou o trabalho sob pedido de clientes. O primeiro foi o genro, que encomendou para funcionários da padaria. Depois, a filha, profissional de saúde, que as quis para colegas de trabalho.
Por fim, o negócio ficou conhecido e ela deu prosseguimento à produção. Nesta segunda-feira (13), estava terminando um lote de cem máscaras para uma médica que fez uma campanha de distribuição.
“Para mim está sendo muito bom. Minha máscara sai a um preço bem acessível, a R$ 3. Não é a questão do lucro. Eu estou visando a necessidade que se tem”, afirmou.