Sem acreditar na possibilidade de adoção de um bloqueio total nas cidades de Pernambuco (lockdown) por parte do governo do Estado, a Fecomércio espera por um novo posicionamento quanto à flexibilização da abertura de lojas a partir do próximo dia 15, data na qual expira a vigência do atual decreto que proíbe a realização normal das atividades econômicas que não sejam de caráter essencial.
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De acordo com o presidente da Fecomércio, Bernardo Peixoto, na referida data, espera-se do governo do Estado alguma sinalização mais clara quanto às possibilidades de abertura do comércio, acatando ou não as propostas que já tinham sido apresentadas pela categoria ao executivo estadual.
"Estamos confiantes que no dia 15 (de maio) saia algo (sobre) como deve abrir ou não. Pelo menos com possibilidade de abertura para alguns setores. Do jeito que está, os empresários não estão aguentando mais, principalmente os pequenos, que nas periferias estão abrindo de todo jeito", afirma Peixoto.
Embora os números de casos de covid-19 continuem seguindo uma curva de crescimento no Estado, e as discussões tenham se concentrado, agora, na possibilidade ou não de adoção de um bloqueio total (lockdown), para restringir ainda mais a possibilidade de propagação do novo coronavírus, o presidente da Fecomércio diz não acreditar que tal medida venha a ser adotada pelo governo. "Acredito que não vai fazer isso. Pode apertar mais, até porque o pessoal não vem cumprindo muito (o isolamento), mas estamos discutindo todo dia com o Estado as possibilidade para abertura consciente, com segurança", garante.
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Pedidos do comércio
Desde as primeiras medidas restritivas ao comércio no Estado, a Fecomércio enviou ao governo uma série de sugestões para que as atividades que envolvem serviços, bens, comércio e turismo no Estado não ficassem paradas. Àquela época, aposta-se fortemente na abertura de pelo menos lojas nos bairros dos subúrbios, para que as pessoas fizessem compras sem grandes deslocamentos. Desta vez, conforme Peixoto, estão suscitando propostas como horários diferenciados para abertura e fechamento dos estabelecimentos, o que possibilitaria "diluir o número de pessoas dentro do transporte público".
O governo de Pernambuco, por sua vez, não se posicionou de forma clara quanto à possibilidade da adoção de um lockdown no Estado. Com o avançar da discussão em torno da necessidade de adoção da medida, espera-se que até esta sexta-feira (8), haja algum avanço a aplicação ou não de um modelo de restrição mais incisivo.
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