Consumidores vão comprar ainda mais pela internet na Black Friday deste ano

Pandemia, que já havia estimulado as compras pela web, reforçou tendência de consumo remoto
JC
Publicado em 31/10/2020 às 18:47
Muitas empresas têm apostado em plataformas online, a exemplo do RioMar Foto: ARNALDO CARVALHO/ACERVO JC IMAGEM


Pelo quarto ano consecutivo, o Google apresenta os resultados da pesquisa sobre as intenções dos brasileiros para a Black Friday de 2020. Realizado pela Provokers, o levantamento ouviu 1.500 pessoas de todas as regiões do Brasil e mostra as principais mudanças em relação ao ano passado.

“A Black Friday de 2020 será diferente em muitos aspectos, começando pela maior relevância do digital como o principal canal de compras e a mudança nas intenções, com categorias como móveis, brinquedos, games e imóveis ganhando maior relevância”, diz Gleidys Salvanha, diretora de negócios para o Varejo do Google Brasil. “Além disso, o brasileiro está fazendo mais planos. Independente do canal, 82% irá pesquisar online antes de comprar e as buscas já começaram para 41% dos consumidores”, completa.

A pandemia do novo coronavírus mudou a dinâmica de canais, com o online ganhando maior relevância nas ponderações dos consumidores, trazendo questões como segurança e vantagens de compra. Para a Black Friday, o digital segue ganhando espaço, puxado principalmente pelos consumidores (40%) que irão comprar exclusivamente no digital, um aumento de 7% em relação à 2019. Já a porcentagem dos consumidores exclusivos das lojas físicas se mantém estável (26% neste ano e 27% em 2019), enquanto aqueles que pretendem compram em ambos os canais tem uma queda de 40% para 34%; indicando que os consumidores que ainda não se sentem seguros para comprar nas lojas físicas devem migrar para o e-commerce.

PESQUISA COM ANTECEDÊNCIA

A tendência vista na pandemia de maior abertura para experimentação tende a crescer na Black Friday: 29% dos brasileiros declaram que pretendem fazer algumas das compras da data em lojas diferentes das que costumam comprar regularmente, um aumento de 12% em relação à 2019.

Independente do canal de compra, 82% dos brasileiros vão pesquisar online antes de comprar. E as buscas já começaram para 41% dos consumidores, um número que sobe para 62% quando somados aqueles que declaram começar as pesquisas cerca de um mês antes da data.

Levando em consideração os critérios de escolha mais importantes declarados para a data em 2019 e 2020, o preço ainda é o primeiro fator, mas perde relevância percentualmente. As Buscas no Google mostraram que preço baixo é o básico, mas que existem muitos outros fatores financeiros ganhando relevância, como parcelamento e valor do frete, que já apresentam patamares de busca acima da Black Friday 2019.

A diminuição de renda dos brasileiros após o início da pandemia reflete na intenção de compra na Black Friday: 54% declara que comprará na data em 2020, uma queda de 8 pontos percentuais em relação à 2019. A intenção de compras também mostra uma média declarada de 4,5 categorias, 37% menos do que no último ano, o que mostra que o brasileiro está mais preocupado com as finanças e mais consciente das suas prioridades.

O estudo também observou a relação da perspectiva com a economia e a intenção de compra. Para aqueles que se dizem otimistas (37% dos entrevistados), a intenção de compra é de 63%, em linha com os anos anteriores. Mas, para a parte que está mais pessimista (39%), 48% pretendem comprar na Black Friday.

CATEGORIAS MAIS BUSCADAS

A expectativa para a data é alta: 6 entre cada 10 consumidores declararam que irão aguardar a Black Friday para comprar um produto que pretendem adquirir nos próximos 6 meses. As 10 categorias com maior intenção de compra declaradas foram celulares (38%), eletrodomésticos (30%), informática (28%), roupas femininas (28%), TV (26%), roupas (24%), eletroportáteis (24%), perfumes (24%), tênis (22%) e móveis (22%).

Neste ano, algumas categorias aceleradas pela pandemia seguem fortes para a data, como móveis, brinquedos, games e imóveis. Por outro lado, passagens aéreas, serviços financeiros e planos de celular são as que mais perdem relevância neste ano.

 

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