Título2 linhas

MERCADO Moeda americana fechou em baixa de 2,21% no mercado à vista a R$ 5,2278
Publicado em 02/12/2020 às 2:00


SÃO PAULO — O dólar começou dezembro com forte queda ante o real. A entrada de fluxo externo, em novo dia de busca por ativos de risco no mercado financeiro internacional, o aumento da intervenção pelo Banco Central e notícias positivas internas sobre o fiscal ajudaram o real a ter o melhor desempenho ontem, ante a divisa americana, considerando uma cesta de 34 moedas mais líquidas. Assim, o dólar fechou em baixa de 2,21% no mercado à vista, a R$ 5,2278, no menor nível desde 31 de julho (R$ 5,21). No mercado futuro, o dólar para janeiro fechou em queda de 2,35%, a R$ 5,2085.

A terça-feira foi marcada por uma conjunção de notícias favoráveis. No exterior, cresceu a expectativa de vacinação mais rápida da população, ainda em dezembro, e também de algum pacote fiscal nos Estados Unidos, após nova aproximação hoje da Casa Branca com a democrata Nancy Pelosi, presidente da Câmara. Assim, o dólar caiu no menor nível em quase 30 meses, considerando o DXY, índice que mede a divisa americana ante moedas fortes. "O dólar retomou a trajetória de enfraquecimento", comentam os estrategistas de moedas do banco americano Brown Brothers Harriman (BBH).

Internamente, o noticiário fiscal agradou. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, confirmou na tarde de ontem que o Congresso votará a Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO) no próximo dia 16. Mais cedo, o presidente Jair Bolsonaro disse que prorrogar o auxílio "é caminho para o insucesso". Ainda nas reformas, o senador Roberto Rocha (PSDB-MA) disse que é possível votar a reforma tributária na comissão que preside até o próximo dia 10.

"A situação fiscal do Brasil é precária", afirmam os estrategistas do Bank of America. Contudo, a avaliação deles é que há espaço para reduzir o risco fiscal no País e o banco americano espera que no primeiro trimestre de 2021 o cenário esteja menos incerto. Por isso, passou a ficar "cautelosamente otimista" com o real e reduziu a previsão das cotações do dólar no País de níveis ao redor de R$ 5,38 esperados até o terceiro trimestre do ano que vem para R$ 5,10.

"Os ativos locais seguirão à mercê do cenário e dos fluxos internacionais, mas com um olho nos avanços (ou não) da agenda política interna", avalia o diretor de investimentos e sócio da Tag Investimentos, Dan Kawa. O fluxo não dá sinais de perda de fôlego. Operadores reportaram novas entradas ontem na B3 e, em novembro, os aportes somavam quase R$ 33 bilhões, um recorde mensal.

O dia de notícias amplamente positivas em relação à retomada da economia tanto global quanto local impulsionou a busca pelos ativos de risco levando o Ibovespa a se firmar na casa dos 111 mil pontos, em uma sessão na qual o índice oscilou três mil pontos entre a máxima e a mínima intraday, para fechar aos 111.399,91 pontos, em alta de 2,30%. O giro financeiro foi de R$ 38,5 bilhões.

Os bons ventos dos pares em Nova York também sopraram a favor em um ambiente no qual a efetividade das vacinas contra o coronavírus se torna cada vez mais próxima. Dados indicando forte retomada econômica chinesa também levaram disposição às compras.

TAGS
guadalupe litoral sul mona lisa dourado turismo turismo de valor
Veja também
últimas
Mais Lidas
Webstory