RESTRIÇÕES

"Precisamos de mais duas horas para trabalhar", dizem donos de bares e restaurantes em protesto no Recife

Cerca de 30 proprietários de bares e restaurantes fizeram um protesto na Zona Norte do Recife pedindo ampliação no horário de funcionamento dos estabelecimentos

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Edilson Vieira

Publicado em 12/05/2021 às 19:24 | Atualizado em 12/05/2021 às 19:57
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Donos de bares e restaurantes promoveram um protesto no início da noite desta quarta-feira (12) contra as medidas restritivas do governo do Estado que limita o funcionamento de bares e restaurantes. Cerca de 30 empresários, carregando faixas e cartazes, interditaram uma das faixas da Avenida Rosa e Silva, no Bairro do Espinheiro, Zona Norte do Recife, causando retenção no trânsito do local.

Os empresários pedem a ampliação em duas horas do horário de funcionamento dos estabelecimentos. Atualmente, por conta do decreto estadual que limita atividades econômicas em razão do controle da pandemia, bares e restaurantes de Pernambuco devem fechar as portas às 20 horas, o que, segundo os empresários, inviabiliza a operação. Eles pedem que o governo do Estado autorize o funcionamento até às 22 horas.

“Estamos há um ano e meio trabalhando com restrições, seguindo todas as determinações do governo do Estado, e nem por isso a pandemia foi reduzida. Não aceitamos ser considerados causadores de aglomeração”, diz Marcelo Wanderley, um dos organizadores do protesto.

JUSTIFICATIVA

Hoje, para poder fechar a casa às 20h, como manda o decreto, os empresários dizem que precisam fechar as contas dos clientes pelo menos meia hora antes. “Se a polícia passar às 20h01 e encontrar um cliente dentro, ela fecha a casa e o empresário paga uma multa de R$ 25 mil. É inviável, porque fechamos na hora do movimento. Tem muitos bares quebrados, sem conseguir pagar fornecedores e funcionários. Muitos que pegaram empréstimo do Pronampe estão sem poder pagar porque não têm faturamento”, afirmou Marcelo.

Esse é o terceiro protesto que donos de bares e restaurantes fizeram desde que iniciou a pandemia. Os comerciantes querem flexibilização para fechar às 22h e justificam. “Além do aspecto econômico, tem o apelo social. O cara sai do trabalho e vai poder relaxar no bar ou levar a família para jantar sem pressa. O nosso funcionário, não vai mais sair de 20h e encontrar com o trabalhador do comércio no transporte coletivo. Ele vai sair mais tarde e vai desafogar o ônibus e o metrô”, alega Marcelo Wanderley.

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