Com fiscalizações simultâneas na capital pernambucana, nesta quarta-feira (26), o Procon Pernambuco e a Delegacia de Repressão e Estelionato (Depatri), autuaram e interditaram instituições financeiras de crédito. As empresas investigadas colhiam as informações sobre os consumidores, ofereciam um empréstimo consignado e atrelavam o valor retirado pelo cliente a um investimento que supostamente garantia altos lucros, mas tudo fora da realidade. Para o Procon-PE, o esquema configurava um sistema de pirâmide financeira que exige a participação cada vez maior de integrantes para que os primeiros tenham algum lucro e o restante, a maioria, não consigam nada.
EMPRESA
A empresa New Alliance, em Boa Viagem, na Zona Sul, foi uma das fiscalizadas pelo Procon. O estabelecimento não tinha autorização para atuar no mercado com investimentos e só apresentou documentação como correspondente bancário. Além disso, mais de 20 funcionários se encontravam no ambiente que funcionava também como call center. Segundo a fiscalização, no local, não havia cuidados com o distanciamento social e nenhum dos funcionários utilizava máscara. A empresa também foi autuada por descumprimento do decreto do Governo de Pernambuco que determina regras pra contenção da pandemia de Covid-19.
As empresas Benks Soluções Financeiras, também localizada em Boa Viagem; e a Unitum Promotora, na Dantas Barreto, não apresentaram documentação de funcionamento. Também foram autuadas e interditadas. O processo administrativo foi aberto pelo Procon-PE, já as investigações continuaram sendo acompanhadas pela Depatri.
CUIDADOS
Desde o ínicio do mês de maio que a operação está ocorrendo em conjunto com a Delegacia de Repressão e Estelionato. Do dia seis até hoje (26), dez financeiras que aplicavam esse tipo de golpe já foram interditadas pelo Procon-PE. “É importante que o consumidor se informe sobre a empresa antes de fechar qualquer tipo de negócio. Orientamos que procure o órgão de defesa do consumidor para que possamos instruir e averiguar se essa empresa é regular, e que aquilo que foi ofertado é realmente um serviço dentro do mercado legal”, é o que ressalta o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico.
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