Dinheiro

Banco Central anuncia data para Pix Saque e Pix Troco começarem em 2021

Sacar dinheiro e receber troco em espécie já está planejado

Cadastrado por

Marília Banholzer

Publicado em 02/09/2021 às 18:54 | Atualizado em 02/09/2021 às 18:58
Já existem mais de 313,2 milhões de chaves PIX cadastradas - MARCELLO CASAL JR/ AGÊNCIA BRASIL

O Banco Central anunciou nesta quinta-feira (2) que, a partir de 29 de novembro deste ano, os clientes poderão usar o Pix, sistema de pagamento instantâneo, para sacar dinheiro e receber troco em espécie em estabelecimentos comerciais e outros lugares de circulação pública.

O Pix Saque e o Pix Troco foram aprovados no último dia 24 pela Diretoria Colegiada do Banco Central. Em nota, o BC informou que os novos serviços "têm potencial para trazer benefícios para toda a sociedade". Tanto para cidadãos, como para comerciantes, pequenos empresários e para o próprio sistema financeiro.

Atualmente, segundo o Banco Central, já existem mais de 313,2 milhões de chaves PIX cadastradas. A Região Nordeste é a que concentra a segunda maior quantidade de usuários, atrás do Sudeste. Somente no mês de agosto, foram mais de 815 milhões de transações através do novo sistema de pagamento.

Como funcionará?

No Pix Saque, o cliente poderá fazer saques em qualquer ponto que ofertar o serviço, como comércios e caixas eletrônicos, tanto em terminais compartilhados como da própria instituição financeira. Nessa modalidade, o correntista apontará a câmera do celular para um código QR (versão avançada do código de barras), fará um Pix para o estabelecimento ou para a instituição financeira e retirará o dinheiro na boca do caixa.

O Pix Troco permite o saque durante o pagamento de uma compra. O cliente fará um Pix equivalente à soma da compra e do saque e receberá a diferença como troco em espécie. O extrato do cliente especificará a parcela destinada à compra e a quantia sacada como troco.

Nas duas modalidades, as transações serão limitadas a R$ 500 durante o dia e a R$ 100 entre as 20h e as 6h. No entanto, os ofertantes desses produtos poderão definir limites mais baixos, baseados no perfil do cliente, na localização, no horário da operação e nos critérios de segurança. Segundo o BC, a oferta dos dois novos serviços será opcional.

Não haverá cobrança para pessoas naturais (pessoas físicas e microempreendedores individuais) para até oito transações mensais. O comércio que oferecer as duas opções receberá, da instituição financeira do usuário sacador, de R$ 0,25 a R$ 0,95 por transação, dependendo da negociação com os bancos e as demais instituições.

Benefícios das novas funções

Segundo o BC, as ferramentas devem trazer benefícios para cidadãos, pequenos lojistas e estabelecimentos comerciais como um todo. "O cidadão passará a contar com mais alternativas disponibilizadas pelo Pix e com mais opções de acesso ao dinheiro físico quando assim o desejar, pois os saques poderão ser feitos em diversos locais (padarias, lojas de departamento, supermercados etc.) e não apenas em caixas eletrônicos", apontou o BC em nota.

 
 
 
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