Prestes a completar dois anos gerindo o Aeroporto Internacional do Recife Guararapes - Gilberto Freyre, a empresa espanhola Aena apresentou nessa quarta-feira (16) o projeto de ampliação e modernização do terminal aéreo da capital pernambucana. Segunda fase do plano de investimentos da companhia, a reforma chega com atraso, mas prevê o começo de um aporte de R$ 508,9 milhões. Até então, foram investidos pela Aena R$ 120 milhões apenas em melhorias imediatas no aeroporto.
- Ampliação do Aeroporto do Recife: saiba o que começa a mudar a partir de 2022
- Empresa espanhola que opera aeroporto do Recife tem prejuízo de R$ 330 milhões no Brasil em 2020
- Aeroporto do Recife: Aena confirma empresa e início da ampliação do terminal
- Com obra no aeroporto do Recife, construtora abre novo escritório em Pernambuco
- Aeroporto do Recife teve mais visitantes em dezembro de 2020 que no mesmo período em 2019
O pacote do Nordeste, contando com os aeroportos de Juazeiro do Norte (CE), João Pessoa (PB), Campina Grande (PB), Aracaju (SE) e Maceió (AL) somam ao todo um aporte de cerca de R$ 1,2 bilhão.
O cronograma de obras deste segunda fase havia sido adiado por oito meses em função de pandemia da covid-19. Agora, a previsão é de que as obras sejam concluídas até junho de 2023.
No projeto apresentado ontem ao trade turístico e gestores públicos, constam uma nova sala de embarque, ampliação da área de estacionamento, estruturas integradas e uma nova praça com área de convivência e serviços conectada à Praça Ministro Salgado Filho, em frente ao terminal.
Pelo contrato de concessão, a ampliação deve elevar a capacidade para processar simultaneamente, na hora pico, 1.891 passageiros no embarque doméstico e 455 no embarque internacional. No desembarque doméstico, 1.845 passageiros. Já no desembarque internacional, a capacidade será de 345 passageiros.
O aeroporto vai ganhar 40% a mais de área, em relação ao que já ocupa hoje, passando de 52.000 m² para 76.000 m² (acréscimo de 23.400 m² em área construída). Além disso, quase 10.000 m² do prédio atual vão passar por reformas.
No pátio, de forma simultânea e independente, deverá haver espaço para atender 27 aeronaves (dos tipos D,C e E - como Airbus A319 e Boeing B773) por pontes de embarque e posições remotas.
““Apesar do aumento dos valores dos investimentos, em consequência dos efeitos da covid no cenário macroeconômico mundial, a Aena segue acreditando no Brasil, e no Nordeste, no cumprimento das nossas obrigações contratuais, desenvolvendo as infraestruturas aeroportuárias de nossa responsabilidade”, disse o diretor-presidente da Aena Brasil, Santiago Yus.
O montante de meio milhão foi captado pela Aena junto ao Banco do Nordeste. Ao todo, junto ao banco de fomento, a gestora levantou R$ 790,9 milhões para reforma dos Aeroportos de Recife, Campina Grande (PB) e Juazeiro do Norte (CE). Dos recursos, R$ 168,2 milhões serão investidos no Ceará. Outros R$ 113,8 milhões ficam na Paraíba.
Para execução dos projetos, execução e o acompanhamento dos trabalhos, os aeroportos foram divididos em três blocos, cujas concorrências foram abertas separadamente. No primeiro bloco está o Aeroporto do Recife, que teve o consórcio Passarelli-Método como vencedor da concorrência.
Comentários