Com o preço médio do diesel no maior patamar em 18 anos, em R$ 6,94 o litro, de acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o presidente Jair Bolsonaro (PL) volta a receber ameaças da categoria sobre uma nova paralisação. A última, que causou uma crise de abastecimento no País, aconteceu há quatro anos, e agora volta a ser a ser fio condutor para mais uma crise em função do preço do combustível.
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Mais uma vez, a ameaça de nova paralisação veio de Wallace Landim, o Chorão, presidente da Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (ABRAVA), apontado como um dos líderes da greve deflagrada no ano de 2018. Em vídeo publicado nas redes sociais, Landim cobrou reação de Bolsonaro aos novos aumentos do preço do diesel.
"Ou o senhor chama a responsabilidade, chama o conselho administrativo da Petrobras, chama o Ministério da Economia, quem o senhor quiser. Porque, senão, esse País vai parar novamente. A categoria já está parando por não ter condições de rodar, a classe pobre não tem condições de comer. Chame a responsabilidade, porque senão esse País vai estar parado, e a responsabilidade é sua", ameaçou.
Apesar do tom de confronto de Landim, ainda não indicativo suficiente de uma nova paralisação.
Bolsonaro, no entanto, tem ciência do risco. O presidente já editou uma Medida Provisória que permite a revisão da tabela de frete, reduzindo de 10% para 5% o limite do reajuste no combustível para correção da tabela.
Em outra frente, ontem, o presidente também decidiu demitir o presidente da Petrobras, que estava no cargo há 40 dias. Dando mais uma sinalização trocada à categoria, na busca de mostrar que busca resolução quanto à volatilidade nos preços dos combustíveis.