O preço de itens básicos chegou em São Paulo ao nível de comprometer quase que a totalidade do salário mínimo. Em abril de 2022, o Procon-SP em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômico (Dieese) registrou o preço médio de R$ 1.209,71 para a cesta. Isso quer dizer que com o salário mínimo de R$ 1.212, compras alimentos e alguns produtos de higiene representava ter livre no orçamento apenas R$ 2,29.
Dos 39 produtos pesquisados, 36 apresentaram alta, dois tiveram redução no preço e um permaneceu estável, isso no estado de São Paulo.
Em Pernambuco, mais especificamente na Região Metropolitana do Recife, a cesta passou de R$ 630,66, em abril, para 641,54 no mês de maio, um aumento percentual de 1,73%, com impacto no salário mínimo do consumidor de 52,93%.
Com mais da metade do salário mínimo, compra-se apenas 27 itens, sendo 19 de alimentação, quatro de limpeza doméstica e quatro de higiene pessoal.
Entre os itens da cesta, o que mais variou de preço, mais uma vez, foi a farinha de mandioca, 180,60%. O quilo foi encontrado por R$ 2,99 em um local e R$ 8,39 em outro. Depois veio a salsicha, com 163,16% de diferença, o preço variou de R$ 7,98 a R$ 21,00.
A cebola também ficou com uma variação significativa, 147,22% de um estabelecimento para outro. O menor preço do quilo da cebola foi R$ 4,49 e o maior R$ 11,10. Já o fubá, com 500 gramas, registrou diferença de 114,07%, R$ 1,35 num local e R$ 2,89 em outro.
Entre os itens de limpeza doméstica, o vilão continua sendo o sabão em pó com 500g, a variação no preço chegou a 410,37%, encontrado por R$ 1,35 e até por R$ 6,89, em locais diferentes. No setor de higiene pessoal, o absorvente higiênico teve a diferença maior, 488,37% o pacote com oito unidades, o menor preço R$ 1,29, e o maior R$ 7,59.